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Trump diz que é "estúpido" EUA fazerem tantos testes ao novo coronavírus

24 de outubro de 2020 às 22:30

"Se cortarmos pela metade os testes que fazemos, os casos reduziam para metade", justificou o presidente dos Estados Unidos.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou hoje "estúpido" que o seu país faça tantos testes para detetar covid-19, parecendo defender a sua redução, um dia depois de os EUA registarem um novo recorde de contágios.

Num comício no Estado da Carolina do Norte, Trump gozou dos meios de comunicação por "não pararem de falar da covid-19" e gabou-se que "os dados" sobre a pandemia nos Estados Unidos "são incríveis", apesar do recorde diário de mais de 85.000 novos casos na sexta-feira.

"Sabem porque temos tantos casos? Porque fazemos muitos testes. E em muitos sentidos, isso é bom, e em muitos outros, é estúpido. Em muitos aspetos, é muito estúpido", afirmou Donald Trump, na cidade de Lumberton, o primeiro dos três comícios que tem previsto para hoje.

"Se cortarmos pela metade os testes que fazemos, os casos reduziam para metade", acrescentou o Presidente, sublinhando que os Estados Unidos "gastam muito dinheiro a fazer testes".

Trump alegou que a quantidade de testes que se fazem revela muitos casos e isso "dá aos falsos meios de comunicação algo para falar", o que não lhe convém na campanha eleitoral, onde a sua gestão da pandemia é um dos temas chave.

Numa mensagem no Twitter, umas horas antes, Trump disse que o aumento dos casos de covid-19 "inclui muitas pessoas de baixo risco", e acusou os media de "fazer tudo o possível para criar medo antes de 03 de novembro", data das eleições.

Os especialistas desmentem o argumento de Trump de que os casos sobem simplesmente porque se fazem mais testes, porque essa lógica não tem em conta o facto da percentagem de testes positivos ter subido mais de um ponto percentual desde início de outubro, até 5,8% atualmente.

No total, os Estados Unidos já ultrapassaram os 8,5 milhões de casos e registaram mais de 224.400 mortes desde que começou a pandemia, mais do que nenhum outro país, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.

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