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Tribunal determina detenção de suspeito por mais 3 meses

24 de dezembro de 2015 às 18:05

Lazez Abraimi, um dos suspeitos de envolvimento nos atentados de Paris de 13 de Novembro, ficará detido, por mais três meses, informou o seu advogado citando uma decisão hoje pronunciada por um tribunal de Bruxelas

Lazez Abraimi, um dos suspeitos de envolvimento nos atentados de Paris de 13 de Novembro, ficará detido, por mais três meses, informou o seu advogado citando uma decisão hoje pronunciada por um tribunal de Bruxelas.

Já o nono suspeito, Abdoullah C., detido na terça-feira, irá comparecer novamente perante um tribunal de primeira instância da capital belga a 7 de Janeiro, segundo o Ministério Público.

Os advogados dos dois suspeitos dos ataques, que provocaram 130 mortos, tinham pedido a sua libertação.

Abdoullah C., 30 anos e nacionalidade belga, foi detido na terça-feira durante uma operação policial na zona Norte de Bruxelas e permaneceu na prisão, por ordem de um juiz de instrução, sob as acusações de participação em atentados terroristas e em actividades de um grupo terrorista.

O homem é suspeito de manter vários contactos com Hasna Ait Boulahcen, prima do presumível "cérebro" dos atentados de Paris, Abdelhamid Abaauoud.

Lazez Abraimi é suspeito de transportar Salah Abdeslam, envolvido nos atentados e ainda a monte, por Bruxelas, a 14 de Novembro ou depois. O homem tem negado veemente qualquer ligação.

Os contactos terão acontecido nos dias seguintes aos ataques e antes da operação das forças de ordem francesas em Saint-Denis, que resultaram na morte de Hasna e Abdelhamid.

A notícia de uma nova detenção foi divulgada hoje pelo Ministério Público belga.


Na tradicional mensagem de Natal, o rei da Bélgica, Philippe, apelou hoje aos seus compatriotas para que "não se deixem intimidar" nem se "dividam" face à ameaça terrorista.

"Face à ameaça do terrorismo, as nossas autoridades reagiram com calma, rapidez e determinação", notou o monarca, reportando-se aos vários dias de alerta máximo, no final de Novembro, em Bruxelas.

Philippe evocou os "compatriotas de origem estrangeira" e sublinhou serem "filhos e filhas" do país.

"Não devemos confundir os que abusam da sua religião, com os que a praticam dentro do respeito dos valores universais da humanidade", acrescentou o rei, pedindo "tolerância zero contra os discursos de ódio.

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