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Síria: Pelo menos 89 mortos em ataque a academia militar

Lusa 06 de outubro de 2023 às 09:10

Ataque ocorreu durante uma cerimónia de formatura, numa academia militar. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, eleva o número de mortos para 123.

Pelo menos 89 pessoas morreram num ataque com "drones" realizado na quinta-feira durante uma cerimónia de formatura numa academia militar na província síria de Homs, segundo um novo balanço divulgado esta sexta-feira pelas autoridades sírias.

REUTERS/Yamam al Shaar

O balanço anterior das autoridades indicava que 70 pessoas tinham morrido durante o ataque.

"O número de mártires resultantes do ataque terrorista à Academia Militar de Homs aumentou para 89, incluindo 31 mulheres e cinco crianças, enquanto o número de feridos é de 277", afirmou o Ministério da Saúde sírio num breve comunicado divulgado na rede social Facebook.

No entanto, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, elevou o número de mortos para 123, incluindo 54 civis, segundo um comunicado publicado no seu portal na internet.

Os funerais das vítimas do ataque, cuja responsabilidade não foi ainda reivindicada, começaram esta sexta-feira, contando com a presença do ministro da Defesa sírio, Ali Mahmoud Abbas, noticiou o canal de televisão estatal sírio ORTAS.

As autoridades sírias declararam três dias de luto pela morte dos civis e dos soldados neste ataque terrorista.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio emitiu um comunicado lamentando que este ataque seja mais um exemplo da "abordagem terrorista brutal e sangrenta" sofrida pela população síria há anos.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou na quinta-feira a sua "profunda preocupação" com o que classificou de "bombardeamentos de retaliação" em diferentes partes da Síria, como este que aconteceu em Homs.

O Governo sírio tem o controlo total de Homs desde 2014, quando os insurgentes se retiraram do centro ao abrigo de um acordo de tréguas mediado pela ONU, uma vez que a cidade se havia tornado um reduto rebelde após os protestos populares de 2011.

Numa altura em que o Governo sírio está a recuperar gradualmente o controlo de partes do país ainda nas mãos da oposição e quando os grupos anti-governamentais estão a se envolver em confrontos sangrentos entre si, o ataque de quinta-feira é considerado um enorme revés para o Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, que também está a regressar à cena internacional após ter sido levantado o veto de vários países.

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