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Rutte: "Não há alternativa" ao reforço do investimento em defesa

Lusa 25 de junho de 2025 às 08:24

O secretário-geral da NATO rejeitou que a recusa de Espanha em ir além dos 2% de investimento quebre a unidade da organização político-militar.

O secretário-geral da NATO defendeu hoje que "não há alternativa" a investir 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da defesa e considerou que os políticos "têm de fazer escolhas na escassez".

AP Photo/Matthias Schrader

"É verdade, os países têm de arranjar o dinheiro [para investir]. Não é fácil, são necessárias decisões políticas, reconheço isso. Em simultâneo, há a convicção absoluta de que, dada a ameaça apresentada pela Rússia, dada a situação internacional securitária, não há alternativa", disse Mark Rutte, à entrada para a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Haia, nos Países Baixos.

O secretário-geral da NATO reconheceu que ainda há nove países que só alcançarão os 2% de investimento do PIB em defesa no final de 2025, mas rejeitou que a recusa de Espanha em ir além desta percentagem quebre a unidade da organização político-militar.

"Não estou preocupado com isso. Claro que é uma decisão difícil, mas vamos ser honestos: os políticos têm de fazer escolhas na escassez", comentou.

Os chefes de Estado e de Governo dos 32 países que compõem a NATO encontram-se hoje em Haia para firmar um acordo de investimento para a próxima década, em princípio, que deverá fixar a meta de dedicar 5% do PIB à defesa (3,5% de investimento direto e 1,5% em projetos civis que também podem ter uma utilização militar).

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse no fim de semana que não iria além de 2,1% do PIB, mas Mark Rutte considerou que não há isenções de qualquer país.

Questionado sobre a presença do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, na cimeira de hoje, o secretário-geral da NATO considerou que a Aliança Atlântica está a atravessar o momento "em que mais sobressai desde a queda do Muro de Berlim" e que avançou mais com o republicano do que com o seu antecessor, o democrata Joe Biden.

Donald Trump é um ávido crítico da NATO e do que considera ser um investimento deficitário dos outros países que integram a organização político-militar.

Na terça-feira, antes de viajar para Haia, Donald Trump, divulgou uma mensagem de texto enviada por Mark Rutte que expressava apreço pela maneira como o Presidente dos EUA terá solucionado o conflito entre Israel e o Irão - após Washington ter decidido bombardear o Irão no fim de semana - e clamando que os países da NATO vão "pagar bem".

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