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Rússia restringe chamadas pelo WhatsApp e Telegram

Lusa 14 de agosto de 2025 às 12:57

"Para combater os criminosos, foram tomadas medidas para restringir as chamadas nessas aplicações de mensagens estrangeiras (WhatsApp e Telegram)", informou a agência de notícias estatal russa Ria Novosti.

A Rússia anunciou na quarta-feira que irá restringir as chamadas feitas através das aplicações WhatsApp e Telegram, uma nova medida das autoridades russas após o bloqueio, nos últimos anos, de várias redes sociais ocidentais.
Rússia restringe chamadas no WhatsApp e Telegram para combater atividades criminosas e terroristas GDA via AP Images
"Para combater os criminosos, foram tomadas medidas para restringir as chamadas nessas aplicações de mensagens estrangeiras (WhatsApp e Telegram)", informou a agência de notícias estatal russa Ria Novosti, citada pela AFP. As autoridades russas acusam estas aplicações de mensagens, muito utilizadas na Rússia, de facilitar a fraude e "envolver cidadãos russos em atos de sabotagem e atividade terroristas". Em resposta a esta medida, o Telegram afirmou, em comunicado, que "luta ativamente contra o uso indevido da sua plataforma" e remove "milhões de conteúdos prejudiciais todos os dias". "O WhatsApp é um serviço privado, criptografado de ponta a ponta, que resiste às tentativas dos governos de violar o direito das pessoas a uma comunicação segura, e é por isso que a Rússia está a tentar bloqueá-lo para mais de 100 milhões de russo", afirmou, por seu vez, um porta-vos da aplicação, citado pela agência de notícias. Nos últimos anos, a Rússia tem multiplicado as medidas que restringem a liberdade de expressão 'online', tendo o executivo de Putin promulgado uma lei que pune as pesquisas na internet por conteúdos classificados como "extremistas" e tecnologias usadas para contornar a censura. Desde 2024, o YouTube só está acessível na Rússia através de uma VPN, sendo que redes sociais como o Facebook e o Instagram são consideradas "extremistas" no país, pelo que também estão bloqueados. Em julho, o deputado russo Anton Gorelkine afirmou que o WhatsApp, deveria preparar-se para "sair do mercado russo" devido a "uma forte probabilidade da aplicação ser adicionada à lista de aplicações provenientes de países considerados hostis por Moscovo". As autoridades acusam ainda os serviços de segurança ucranianos de recrutar russos através destas aplicações para cometer atos de sabotagem no país em troca da promessa de uma remuneração.
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