Proposta de impostos de Biden faz afundar a Bitcoin
Esta sexta-feira a Bitcoin atingiu valores mínimos desde março, depois de ser noticiado que Biden pretende aumentar os impostos dos mais ricos.
Surgiram rumores de que o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, está a planear aumentar os impostos para os cidadãos mais ricos, de forma a equilibrar a desigualdade financeira, reforçandos os planos sociais com milhares de milhões de dólares. O resultado destes rumores? A Bitcoin começou a desvalorizar de uma forma acentuada. A criptomoeda mais famosa do mundo voltou a baixar dos 50 mil dólares por unidade, o valor mais baixo desde março.
A desvalorização da Bitcoin começou a meio da semana passada quando a Coinbase entrou na bolsa de Nova Iorque. Esta sexta-feira, a Bitcoin foi vendida a 47.555 dólares a unidade, depois de ser conhecido que a Administração Biden vai quase duplicar o imposto sobre as mais-valias para os contribuintes com rendimentos anuais acima de um milhão de dólares. Esta notícia não afetou apenas a Bitcoin, mas resultou numa quebra de 1% das bolsas norte-americanas.
Os valores da moeda continuam bastante elevados comparando aos registados em finais do ano passado, quando a moeda voltou a ter uma valorização estrondosa. No início de dezembro, a moeda valia cerca de 19 mil dólares. A Bitcoin chegou mesmo a ser valorizada a 63.540 dólares em 13 de abril, mas desde então tem vindo a cair de forma contínua.
Biden pretende aumentar o valor dos impostos sobre as mais-valias de 20% para 39,6%, ao mesmo tempo que materá um imposto de 3,8% em investimentos, o que significa que o valor máximo de impostos nos EUA vai aumentar para os 43,4%.
Impostos sobre as grandes multinacionais
O governo dos Estados Unidos quer que as empresas multinacionais paguem impostos nos países onde operam com base nas receitas que obtêm em cada um deles e não apenas onde estão sediadas.
O plano, que já foi enviado aos 135 países que estão a negociar na OCDE um quadro de tributação global, inclui também a fixação de um imposto mínimo sobre as empresas, igual em todos os países, e que os EUA propõem que seja de 21%. A proposta a ser atualmente discutida em cima da mesa é de 12,5%.
A proposta dos Estados Unidos recebeu um forte apoio esta quinta-feira de Mario Draghi, o primeiro-ministro de Itália, que também preside o G20 este ano.
Draghi disse apoiar "totalmente" o apelo dos Estados Unidos à introdução de um imposto mínimo global sobre as empresas. Sendo que Itália foi um dos países que introduziu um imposto digital, o apoio do país às propostas dos EUA é visto como importante para garantir um consenso mais amplo.
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