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Presidente da Assembleia da República condena "bárbara invasão" do Capitólio

07 de janeiro de 2021 às 13:37

O primeiro-ministro, António Costa, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, condenaram os incidentes, tal como a União Europeia, a NATO e governos de vários países.

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, condenou hoje a "bárbara invasão" do Capitólio, em Washington, e felicitou a democrata Nancy Pelosi pela sua reeleição para presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Estas posições foram transmitidas por Ferro Rodrigues numa carta que endereçou a Nancy Pelosi, em que a felicitou pela sua reeleição, mas em que também condenou os incidentes causados por apoiantes de Donald Trump, na quarta-feira, no Capitólio.

"Ao tomar conhecimento da reeleição de vossa excelência como presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, cumpre-me felicitá-la vivamente, em meu nome e em nome da Assembleia da República de Portugal, bem como endereçar-lhe os votos de maiores sucessos no exercício de funções neste quarto mandato", escreveu Ferro Rodrigues na carta que dirigiu a Nancy Pelosi.

No plano das relações luso-americanas, Ferro Rodrigues manifestou depois o "empenho pessoal, da Assembleia da República de Portugal e dos seus deputados, no aprofundamento das relações" entre as instituições, "na convicção de que a cooperação interparlamentar assume uma inequívoca importância no estreitar do relacionamento entre os Estados Unidos da América e Portugal", e entre os dois "povos amigos".

"Não posso deixar ainda de, nesta oportunidade, transmitir a vossa excelência a mais profunda condenação pela bárbara invasão perpetrada no Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos da América, que conduziu à interrupção da sessão conjunta com o Senado, condicionando o exercício do mandato dos representantes eleitos democraticamente pelo povo americano", salientou o presidente da Assembleia da República.

Para Ferro Rodrigues, o que aconteceu no Capitólio, na quarta-feira, foi "um ataque às Instituições, à lei e à ordem".

"Uma manifestação de intolerância com que vossa excelência não transigirá, nem os representantes da ilustre Câmara, na defesa dos valores democráticos que caracterizam o Congresso e os Estados Unidos da América", acrescentou.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

Pelo menos quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.

Já hoje o Congresso dos Estados Unidos ratificou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, na última etapa antes de ser empossado em 20 de janeiro.

O vice-presidente republicano, Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata contra 232 para o Presidente cessante, Donald Trump, no final de uma sessão das duas câmaras, marcada pela invasão de apoiantes de Trump.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida quarta-feira, mas quatro horas depois as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

O primeiro-ministro, António Costa, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, condenaram os incidentes, tal como a União Europeia, a NATO e governos de vários países.

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