Secções
Entrar

Pelosi diz existirem "provas claras" do abuso de poder de Trump

21 de novembro de 2019 às 20:38

A líder Democrata, que ordenou a abertura do processo de inquérito para destituição de Trump, diz que este "minou a segurança social dos Estados Unidos", ao ter pressionado o presidente ucraniano a investigar atividades de um rival político.

A presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, disse hoje que há evidências claras de que o Presidente Donald Trump utilizou o seu cargo abusivamente para obter ganhos pessoais, no caso ucraniano.

A líder Democrata, que ordenou a abertura do processo de inquérito para destituição de Trump, em outubro, disse que o Presidente "minou a segurança social dos Estados Unidos", ao ter pressionado o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, para investigar uma alegada atividade de corrupção do seu rival e antigo vice-Presidente Joe Biden.

Nancy Pelosi acrescentou que os parlamentares envolvidos na comissão de inquérito, no Congresso, ainda não decidiram que acusações poderão imputar a Trump e que não está ainda definido se tentarão ouvir testemunhas adicionais.

Ao longo das últimas duas semanas, a comissão de inquérito já ouviu várias testemunhas - em sessões públicas que se seguiram a um processo inicial de inquirições à porta fechada – incluindo vários assessores da Casa Branca e funcionários do Departamento de Estado.

Pelosi também disse que não pretende suspender o inquérito para esperar que os tribunais federais decidam se algumas testemunhas serão mesmo obrigadas a comparecer, depois de a Casa Branca se ter negado a colaborar com o processo, inviabilizando a audição de algumas figuras próximas do Presidente, alegando que o inquérito é "uma perda de tempo" e uma "caça às bruxas".

Entre as figuras que fizeram entrar processos judiciais para determinar se devem comparecer, encontra-se John Bolton, ex-assessor de segurança nacional da Casa Branca, que muitos Democratas consideram ser uma peça-chave para o entendimento do processo.

Donald Trump, 73 anos, está sob investigação do Congresso num inquérito para a sua destituição (‘impeachment’), acusado de abuso de poder no exercício do cargo.

Trump é suspeito de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a investigar uma empresa ucraniana da qual foi administrador o filho do ex-vice-Presidente Joe Biden, dado como favorito a concorrer pelos Democratas nas eleições de 2020, em troca de uma ajuda militar dos EUA.

O 45.º Presidente norte-americano, em funções desde 20 de janeiro de 2017, qualificou a investigação como uma "caça às bruxas".

As audições públicas do inquérito arrancaram em 13 de novembro.

Se as conclusões do inquérito forem aprovadas por maioria simples na Câmara dos Representantes, o processo segue para o Senado, sendo então necessária uma maioria de dois terços para a destituição do Presidente.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela