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Paris cria mais 3.500 lugares em centros de acolhimento para imigrantes

06 de agosto de 2017 às 13:53

O governo francês pretende endurecer a política para distinguir entre refugiados e migrantes por razões económicas

O governo francês vai criar 3.500 lugares adicionais em centros de acolhimento para imigrantes no próximo ano e simultaneamente endurecer a política para distinguir entre refugiados e migrantes por razões económicas.

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Foto: Getty Images
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O ministro do Interior, Gérard Collomb, anunciou numa entrevista publicada hoje pelo semanário Le Journal du Dimanche que se agilizarão os trâmites administrativos para devolver os imigrantes sem documentos aos países de origem dos mesmos.

Do mesmo modo, está a ser preparado um projecto de lei para reduzir em seis meses o processo de exame dos candidatos à obtenção de estatuto de exilado político.

"A nossa política deve sempre conciliar eficácia e generosidade", assegurou Collomb na entrevista, durante a qual anunciou que desde o início do ano foram contabilizados 17.867 tentativas de imigrantes de cruzar o Canal da Mancha em direcção ao Reino Unido a partir do porto de Calais ou através do Eurotúnel infiltrados em camiões.

O próprio Collomb anunciou esta semana que serão criados dois centros de acolhimento de imigrantes perto de Calais, mas hoje sublinhou que os mesmos estarão "longe" daquela cidade e da de Dunquerque para evitar que se repita a concentração pessoas sem documentos que ocorreu na denominada "selva de Calais", desmantelada em Outubro passado.

O ministro referiu-se também aos planos do presidente francês, Emmanuel Macron, de abrir centros de identificação de refugiados na Líbia, algo que "actualmente não se pode contemplar, tendo em conta a situação do país".

"É preciso deter todas as rotas de tráfico de seres humanos que atravessam especialmente o Níger, depois a Líbia e depois cruzam o Mediterrâneo até Itália", afirmou Collomb, que destacou o trabalho das autoridades do Níger nesse sentido.

Em relação ao regresso dos combatentes jihadistas franceses a partir da Síria e do Iraque, o ministro sublinhou que foram identificados 217 adultos e 54 menores, que são alvo de um "tratamento judicial sistemático" pelo Ministério Público e em muitos casos estão na prisão.

Collomb explicou que o número de sinalizados por radicalismo em França "não para de aumentar" e cifra-se actualmente em mais de 18.500 pessoas.

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