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Paquistão anuncia morte de 11 soldados e de 40 civis durante a crise com a Índia

Lusa 13 de maio de 2025 às 09:33

Já a Índia disse que "quase meia centena" de soldados paquistaneses foram mortos durante a crise, considerada a mais grave entre os dois países desde o início do século XXI.

O Exército do Paquistão anunciou esta terça-feira, 13, um novo balanço de 40 civis e 11 soldados mortos na última semana, durante o pior confronto com a Índia desde 1999.

AP Photo/Dar Yasin

No último comunicado, as Forças Armadas paquistanesas mencionam a morte de 40 civis, incluindo sete mulheres e 15 crianças, e 121 feridos, entre os quais 10 mulheres e 27 crianças.

O mesmo documento acrescenta que 11 soldados foram mortos e 78 feridos no Exército e na Força Aérea.

O conflito culminou no sábado, após um acordo de cessar-fogo entre as duas potências nucleares.

Esta é a primeira vez que o Paquistão admite baixas em combate.

O número é, no entanto, muito inferior à estimativa indicada por Nova Deli.

A Índia disse que "quase meia centena" de soldados paquistaneses foram mortos durante a crise, considerada a mais grave entre os dois países desde o início do século XXI.

No total, o número de mortos desde o início da última crise militar entre a Índia e o Paquistão aumentou para 115, de acordo com dados oficiais dos dois países, recolhidos pela agência de notícias espanhola, EFE. 

O balanço provisório incluiu as 26 vítimas mortais - na maioria turistas indianos - na zona indiana de Caxemira, há três semanas.

Apesar do acordo de sábado, Islamabad afirmou hoje que o Paquistão mantém-se firme face à agressão, acrescentando que vão ser tomadas medidas sempre que se registar qualquer tentativa de desafiar a soberania ou a integridade territorial do país 

O gabinete do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, tinha anteriormente informado que o Paquistão vai passar a assinalar todos os anos o dia 10 de maio, data em que Islamabad lançou a operação de contra-ataque à Índia nas horas que antecederam o acordo de cessar-fogo.

O ataque ocorreu durante a "Operação Bunyanum Marsoos" ("Muralha de Ferro"), de acordo com a designação militar paquistanesa.

Este foi o último de uma série de ataques num conflito que tem vindo a intensificar-se desde o ataque de Pahalgam, na Índia, em 22 de abril.

Nova Deli acusou o Paquistão de estar na origem do ataque.

A tensão agravou-se na madrugada de 07 de maio, quando a Índia lançou uma vaga de ataques, a ("Operação Sindoor"), contra instalações alegadamente utilizadas por "terroristas do Paquistão Oriental", principalmente em Azad Jammu e Caxemira.

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