Papa Francisco não leu discurso. "Não me sinto bem"
O líder da igreja Católica tem um encontro previsto para hoje no Vaticano com crianças de todo o mundo, não tendo sido alterada a sua agenda.
Esta segunda-feira, o Papa Francisco não leu o discurso preparado para um encontro com os rabinos europeus, dizendo-lhes que não se estava a sentir bem.
"Bom dia, saúdo-vos a todos, dou-vos as boas-vindas e agradeço-vos esta visita, que muito me agrada, mas acontece que não me sinto bem e, por isso, prefiro não ler o discurso, vou dar-vos uma cópia", refere o Papa.
O Papa Francisco, de 86 anos, parecia estar com falta de ar enquanto cumprimentava os rabinos no início da reunião, segundo a agência noticiosa Reuters.
Já houve outros momentos no passado, em que o líder da Igreja Católica não leu os discursos de forma a preservar as suas forças.
"O Papa Francisco está um pouco constipado e teve um longo dia de audiências", disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, num comunicado. "Quis cumprimentar os rabinos europeus individualmente e, por isso, fez-lhes o seu discurso escrito. O resto das suas atividades continuam regularmente", acrescentou o porta-voz.
Para esta segunda-feira, está ainda previsto um encontro com crianças de todo o mundo no Vaticano.
Desde que foi nomeado Papa em 2013, Francisco já teve três hospitalizações e outros problemas de saúde.
No dia 7 de junho o Papa realizou uma cirurgia abdominal, no hospital Gemelli em Roma, para reparar uma hérnia, tendo passado nove dias internado. Já em março, esteve internado no mesmo hospital com uma bronquite.
Em 2021 passou 10 dias no hospital, ao realizar uma cirurgia ao colón, tendo removido uma parte do intestino grosso. Aos 21 anos, sofreu de uma severa infeção respiratória, o que forçou os médicos a remover uma parte do seu pulmão.
Atualmente, Francisco sofre de dor ciática e de uma artrose no joelho direto, o que o obriga a usar cadeira de rodas na maioria das ocasiões e eventos. Neste último ano, foi obrigado a reduzir e até a cancelar algumas das suas atividades devido à dor no joelho.
Devido aos problemas de saúde, o bispo de Roma já foi questionado sobre o facto de renunciar o seu cargo, como aconteceu com o seu antecor, Bento XVI. A esta questão admitiu a possibilidade de o fazer no futuro, caso não consiga desempenhar as suas funções.
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