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Pai de suspeito de tiroteio terá oferecido arma automática ao filho no Natal

Beatriz Rainha com Leonor Riso 06 de setembro de 2024 às 15:25

Colin Gray pode ser condenado a mais de 180 anos de prisão. Prenda surgiu meses depois de Colt Gray, de 14 anos, ter sido investigado por ameaças relacionadas com tiroteios.

O pai de Colt Gray, o adolescente de 14 anos de matar quatro pessoas num liceu dos EUA a 4 de setembro, enfrenta acusações de quatro crimes de homicídio involuntário, dois de homicídio em segundo grau e oito de crueldade contra crianças. Segundo a agência noticiosa Reuters, Colin Gray, de 54 anos, pode enfrentar uma pena de até 180 anos de prisão.

No ano passado, Colt Gray foi entrevistado pela polícia após denúncias de ameaças online de um tiroteio numa escola. Na altura, a polícia não conseguiu reunir provas suficientes para proceder à sua detenção. Durante essa investigação, Colin Gray afirmou que tinha armas de caça em casa, mas garantiu que o filho não tinha acesso não supervisionado às mesmas.

As autoridades ainda estão a investigar como Colt conseguiu obter a arma usada nos crimes. Existe a suspeita de que a arma tenha sido comprada por Colin Gray como um presente para o filho, em dezembro de 2023.

Colt Gray foi preso devido ao tiroteio no liceu Apalachee, na Geórgia. É acusado de usar uma arma semiautomática estilo AR para matar dois alunos, Mason Schermerhorn e Christian Angulo, ambos de 14 anos, e dois professores, Richard Aspinwall, de 39 anos, e Christina Irimie, de 53 anos.

Durante uma conferência de imprensa, o xerife do condado de Barrow, Jud Smith, expressou a sua tristeza em relação ao incidente: "O que estamos a enfrentar é um desgosto. Um jovem trouxe uma arma para a escola, cometeu um ato de maldade, tirou vidas e feriu pessoas, não só fisicamente, mas também mentalmente."

Além das quatro vítimas mortais, nove pessoas ficaram feridas: sete alunos e dois professores. Todas as vítimas deverão recuperar totalmente, segundo o xerife Smith. Algumas já receberam alta hospitalar.

Este caso reflete uma tendência crescente de responsabilização dos pais em casos de tiroteios escolares. O caso dos pais de Ethan Crumbley, o atirador de Michigan, que foram condenados por homicídio involuntário, é um exemplo recente dessa nova abordagem.

Charlie Polhamus, avô materno de Colt, expressou a sua dor: "Compreendo que o meu neto fez algo horrível – não há dúvida disso, e ele vai pagar o preço por isso. Mas o meu neto fez o que fez por causa do ambiente em que vivia."

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