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Número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassa os 45 mil 

Débora Calheiros Lourenço 16 de dezembro de 2024 às 11:12

As Forças de Defesa Israelitas avançaram que já mataram cerca de 17 mil membros do Hamas

O número de mortos consequência da guerra em que a Faixa da Gaza se viu mergulhada nos últimos 14 meses ultrapassou os 45 mil, avançou o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.  

REUTERS/Mohammed Salem

As autoridades palestinianas não fazem distinção entre os civis e os combatentes na sua contagem, no entanto referiram que mais de metade dos mortos são mulheres e crianças. Já as Forças de Defesa Israelitas referem que já mataram cerca de 17 mil membros do Hamas, no entanto, tal como os palestinianos, não forneceram evidências.  

O Ministério da Saúde do enclave atualizou esta segunda-feira os dados, referindo que 45.028 pessoas foram mortas e 106.962 ficaram feridas desde o início da guerra, nas últimas 24 horas os bombardeamentos israelitas mataram 52 pessoas. As autoridades referiram ainda que acreditam que o número real é maior porque continuam a existir milhares de corpos enterrados sob os escombros ou em zonas não acessíveis às equipas de resgate.  

Desde dia 7 de Outubro de 2023, depois do ataque do Hamas ao sul de Israel, que as tensões entre o Hamas e Israel aumentaram tornando-se a época mais mortal no enclave.  

No final da tarde de domingo um ataque israelita ao bairro de Shijaiyah, na cidade de Gaza, as equipas de resgate recuperaram corpos de dez pessoas, incluindo uma família de quatro, duas delas crianças. No sul do enclave, na cidade de Khan Younis, um ataque a uma escola matou pelo menos treze pessoas, incluindo seis crianças e duas mulheres.  

Israel defende que o Hamas é responsável pelo número de mortes no enclave porque opera dentro de áreas civis densamente povoadas, no entanto vários grupos defensores de direitos humanos têm advertido para a falta de precauções para evitar mortes de civis.  

Este domingo foi morto também um jornalista palestiniano que trabalhava para a Al Jazeera, sediada no Catar. A Federação Internacional de Jornalistas já referido na semana passada que 104 jornalistas e profissionais de meios de comunicação sociais foram mortos durante 2024, mais de metade deles na Faixa de Gaza.  

A guerra começou depois de o Hamas ter levado a cabo um ataque no dia 7 de outubro de 2030, matou cerca de 1.200 pessoas e outras 250 foram sequestradas e levadas para Gaza. Israel respondeu com bombardeamentos e uma incursão terrestres, no entanto cerca de cem dos reféns ainda estão no enclave e acredita-se que pelo menos um terço esteja morto. 

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