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Novo primeiro-ministro da Nova Zelândia condena "abusos" sobre Jacinda Ardern

Débora Calheiros Lourenço 23 de janeiro de 2023 às 14:52

Chris Hipkins foi escolhido pelo parlamento para primeiro-ministro no domingo, depois de Jacinda Ardern ter renunciado alegando esgotamento.

O novo primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hpikins, prometeu proteger a sua família do que considerou abusos "abomináveis" contra a sua antecessora.

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Na semana passada, Jacinda Ardern renunciou o cargo e partilhou que as crescentes ameaças que sofreu no decorrer dos últimos anos a deixaram no estado de esgotamento. Chegou a haver um homem que publicou um vídeo no YouTube onde alegava ter o direito de "disparar sobre a primeira-ministra" por traição.

Chris Hipkins foi escolhido pelo parlamento para primeiro-ministro no domingo e, no seu discurso, referiu que a sua antecessora foi abusada por uma "pequena minoria que não representa o país", aproveitando ainda para referir que os homens têm a responsabilidade de denunciar a misoginia.

O membro do Partido Trabalhista afirmou entender que enquanto líder passa a ser "propriedade pública" mas garante que a sua família não o é e que vai fazer os possíveis para que os seus filhos tenham uma "vida típica das criançasKiwis (nome usado vulgarmente para se referir aos neozelandeses)".

Chris Hipkins foi o ministro da Resposta à covid e atualmente acumula os cargos de ministro da Educação, ministro da Segurança e ministro da Administração Pública, pelo que aos 44 anos conta com uma vasta experiência política. Promete ajudar as famílias e as empresaskiwisneste momento em que a Nova Zelândia enfrenta um aumento generalizado do custo de vida.

No final do seu discurso foi aplaudido de pé por muitos dos seus colegas e partilhou um abraço com a sua antecessora, que considerou uma "grande amiga".

Ainda em junho foram divulgados dados que demonstram que as ameaças contra Jacinda Ardern quase que triplicaram nos últimos três anos e que, pelo menos, oito ameaças entraram no sistema legal. Existiu ainda uma investigação policial depois de terem sido espalhados vários panfletos que prometiam "erradicar" Jacinda Ardern.

Paul Buchanan, um ex-funcionário dos serviços secretos neozelandeses afirmou na Rádio Nova Zelândia que Jacinda Ardern precisou de mais seguranças e proteção contínua do que qualquer um dos ex-primeiros-ministros do país.

A Nova Zelândia vai a votos em outubro. Até lá será liderada por Chris Hipkins que toma posse a 7 de fevereiro.

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