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Membro do Ku Klux Klan acusado de conduzir carro contra manifestantes nos EUA

09 de junho de 2020 às 07:48

Homem de 36 anos admitiu ser "líder" do grupo racista conhecido como KKK e um "propagandista da ideologia confederada". É acusado, para já, de agressão, ofensas à integridade física e vandalismo, mas pode vir a enfrentar também acusações de crimes de ódio.

Um homem que admitiu ser "líder" do grupo racista Ku Klux Klan (KKK) foi acusado na segunda-feira, nos Estados Unidos, de conduzir um automóvel contra manifestantes, durante protestos pela morte de George Floyd, foi hoje anunciado.

O homem, de 36 anos, é acusado, para já, de agressão, ofensas à integridade física e vandalismo, mas pode vir a enfrentar também acusações de crimes de ódio, de acordo com um comunicado oficial divulgado na rede social Twitter pela procuradora Shannon Taylor, do condado de Henrico, no estado da Virgínia.

Harry H. Rogers Ku Klux Klan Reuters

O arguido, que admitiu pertencer ao KKK, "é um reconhecido líder do Ku Klux Klan e um propagandista da ideologia confederada", acrescentou a procuradora. "Estamos a analisar se as acusações de crimes de ódio são aplicáveis", precisou.

O incidente deu-se em 07 de junho, quando o acusado conduzia "imprudentemente" na Lakeside Avenue, naquela localidade, pode ler-se na nota. O arguido terá então acelerado contra um grupo de pessoas que se manifestavam pacificamente, tentando atropelá-los.

Os meios de comunicação social norte-americanos noticiaram que um manifestante foi ferido no ataque. A vítima foi examinada no local, mas recusou tratamento posterior.

A manifestação fazia parte da onda de protestos contra a brutalidade policial e o racismo que se espalhou pelos Estados Unidos e por todo o mundo após a morte de George Floyd.

O afro-americano, de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos, numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

O agente compareceu em tribunal na segunda-feira, acusado de homicídio.

Desde a divulgação das imagens da detenção nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

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