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Marco Rubio reconhece direto da Gronelândia à autodeterminação

Gabriela Ângelo 04 de abril de 2025 às 11:14

Reconhecimento foi feito durante uma conversa entre o secretário de Estado dos EUA e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, à margem da reunião da NATO.

Numa reunião, na quinta-feira em Bruxelas, com o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, Marco Rubio, o secretário de Estado dos EUA reafirmou a "forte relação" entre ambas as nações. Segundo o governante dinamarquês terá também reconhecido o direito à autodeterminação por parte da Gronelândia.

AP Photo/Jacquelyn Martin

A reunião aconteceu após meses de tensão entre os Estados Unidos e a Dinamarca devido às repetidas ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de tornar a Gronelândia, uma ilha no Ártico que faz parte da Dinamarca, território norte-americano. 

Recentemente, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, visitou também uma base militar dos EUA a norte da Gronelândia, onde acusou a Dinamarca de não estar a fazer um bom trabalho para manter a ilha segura, sugerindo que os EUA fariam melhor. 

Desde então, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou que cabe ao povo da Gronelândia decidir o seu próprio futuro, mas considerou a acusação feita por Vance injusta. Frederiksen aterrou em Nuuk na quarta-feira, numa viagem de três dias, e prometeu apoiar a Gronelândia contra as repetidas declarações feitas por Trump de controlar a ilha ártica.

Após o seu encontro com Rubio, Lars Lokke Rasmussen disse aos jornalistas que a Gronelândia não fez parte da agenda, "mas aproveitei a oportunidade para dizer algumas coisas em nome do Reino da Dinamarca", afirmou. "Mais especificamente, que estas repetidas declarações do presidente dos EUA com uma visão de ambição de controlar a Gronelândia não são de alguma forma sustentável", esclareceu. "Chegou a um ponto em que põe efetivamente em causa a nossa soberania enquanto reino".

Rasmussen afirmou ainda que era altura da NATO prestar mais atenção à situação no Ártico, que neste momento é do interesse de três grandes potências mundiais - EUA, China e Rússia -, e que era da responsabilidade da aliança proteger esta região.

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