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Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa na missa para homenagear vítimas, país e cidade

20 de agosto de 2017 às 13:11

Missa pela paz e concórdia realizou-se na basílica da Sagrada Família, em Barcelona, para homenagear as vítimas do ataque desta quinta-feira

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, marcaram presença na missa pela paz e concórdia na basílica da Sagrada Família, em Barcelona, para homenagear as vítimas do ataque desta quinta-feira, que vitimou mortalmente 14 pessoas, entre elas duas portuguesas.
 
"Havia que testemunhar essa amizade, solidariedade e fraternidade em relação a um país que tem sido inexcedível em tudo, não apenas na presença agora no combate aos incêndios em Portugal", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, acrescentando que essa "fraternidade tinha que ser traduzida" e que tinha de ser "exprimido" a todo o povo espanhol "aquilo que vai no coração de todos os portugueses".

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Referindo-se à cerimónia, o Presidente da República considerou-a "muito comovedora e impressionante, sobretudo pela forma como o cardeal exprimiu aquilo que é fundamental neste momento: a preocupação pela paz, a construção da paz e a unidade em torno da paz, da concórdia".

Em relação à família das duas vítimas portuguesas, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se "muito impressionado" com a força demonstrada. "Tendo eles, marido e mulher, perdido a única filha e tendo ele perdido a sua mãe, num momento especial, a celebração do aniversário dessa mãe, ainda assim, sendo uma família muito nuclear, muito pequena, muito unida, estava com uma grande força, impressionante, fiquei muito impressionado", afirmou.

O chefe de Estado destacou ainda a grande quantidade de pessoas presentes na cerimónia para prestar homenagem aos mortos e solidariedade para com os feridos. "Ficámos muito impressionados pela massa de tantas nacionalidades e sobretudo das nacionalidades abrangidas que aqui veio para mostrar que a justiça, a paz e a concórdia são mais importantes do que o terrorismo, e, como a luta contra o terrorismo é uma luta cultural, e se afirma pelos princípios da tolerância, da dignidade da pessoa humana e dos direitos das pessoas, foi isso que vieram cá fazer estes milhares de pessoas", referiu, sublinhando que tanto ele próprio como o primeiro-ministro estiveram presentes sobretudo como "cidadãos" que querem transmitir aquela mesma mensagem.

O primeiro-ministro justificou também a participação na homenagem como uma forma de "partilhar a dor" e ao mesmo tempo de homenagear uma cidade cheia de "vitalidade" que não se verga perante o terrorismo. "O terrorismo afecta sempre todo o mundo, porque é uma ameaça global, e quando atinge Barcelona, que é uma cidade do mundo - não é por acaso que temos vitimas de mais de 30 nacionalidades" - sente-se esta dor, que "é uma dor partilhada em todos os cantos do mundo".

Nesta homenagem, "sente-se também esta vida única desta cidade e a vitalidade desta cidade", disse António Costa, apontando o facto de as Ramblas "estarem de novo cheias". "É sinal de que o terrorismo não derrota o nosso modo de vida e que a defesa da liberdade, a ideia de uma cidade cosmopolita, a ideia de tolerância e respeito é uma ideia que tem de estar presente no dia-a-dia", acrescentou.

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