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Malala Yousafzai termina visita ao Paquistão

02 de abril de 2018 às 07:49

A prémio Nobel da Paz, que esteve seis anos sem visitar o país natal, mostrou-se feliz por voltar. A sua presença, contudo, gerou protestos.



A prémio Nobel da Paz Malala Yousafzai terminou este segunda-feira a visita ao seu país natal, Paquistão, a primeira desde 2012, quando foi atingida por uma bala na cabeça por defender o direito das raparigas à educação.

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Foto: AAMIR QURESHI/AFP/Getty Images
Foto: AAMIR QURESHI/AFP/Getty Images
Foto: EuropaNewswire/Gado/Getty Images
Foto: Jamie McCarthy/Getty Images for Bill & Melinda Gates Foundation

A activista, de 20 anos, deixou o hotel onde estava hospedada, sob fortes medidas de segurança, e partiu do aeroporto internacional Benazir Bhutto com destino a Londres, onde vive actualmente. Malala regressou na quinta-feira ao Paquistão, onde foi recebida pelo Governo e pelas instituições paquistanesas.

A activista foi incapaz de conter as lágrimas no discurso filmado no gabinete do primeiro-ministro, Shahid Khaqan Abbasi, durante o qual afirmou que regressar ao país "é um sonho".

Na manhã de sábado, a estudante chegou num helicóptero militar, acompanhada pelos pais e pelo irmão, a Mingora, a sua terra natal, onde foi montado um forte dispositivo das forças de segurança e com muitas ruas a permanecerem cortadas pelo exército.

So much joy seeing my family home, visiting friends and putting my feet on this soil again. #Home #Pakistan pic.twitter.com/B8VN5Odd27

"Tanta alegria em ver a minha família em casa, visitar os amigos e em pisar este solo novamente", escreveu Malala na rede social Twitter, no sábado.

No entanto, a presença da activista também despertou duras críticas e protestos, como o organizado pela principal associação de escolas privadas do país que, na sexta-feira, usou o lema "Eu não sou Malala".

Malala Yousafzai abandonou o Paquistão entre a vida e a morte após a tentativa de assassínio perpetrada por militantes talibãs, quando regressava da escola. Tratada em Inglaterra, tornou-se um ícone dos direitos das raparigas à educação, o que lhe valeu o prémio Nobel da Paz em 2014, em conjunto com o indiano Kailash Satyarthi.

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