Secções
Entrar

Conselho de Segurança analisa resolução que rejeita decisão de Trump

16 de dezembro de 2017 às 22:35

O texto, a que a agência de notícias AFP teve acesso, pede, nomeadamente, que a decisão unilateral tomada pelos Estados Unidos seja revogada.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas está a analisar um projecto de resolução que visa rejeitar a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital oficial de Israel.

1 de 6
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
Foto: Cheriss May/NurPhoto via Getty Images
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

O texto, a que a agência de notícias AFP teve acesso, pede, nomeadamente, que a decisão unilateral tomada pelos Estados Unidos seja revogada.

O projecto de resolução, que foi proposto pelo Egipto, poderá ser votado já na segunda-feira.

Donald Trump anunciou no passado dia 06 que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como capital de Israel e que vão transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém, contrariando a posição da ONU e dos países europeus, árabes e muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de décadas.

Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.

A decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel ateou a cólera dos palestinianos, levou a manifestações em países muçulmanos e mereceu a reprovação, quase unânime, da comunidade internacional.

O projecto de resolução realça que o estatuto de Jerusalém "deve ser resolvido através da negociação" e "lamenta profundamente" as recentes decisões tomadas, sem mencionar os Estados Unidos.

O texto refere também que "toda a decisão ou acção visando alterar o carácter, estatuto ou a composição demográfica" sobre Jerusalém "não tem força legal, é nulo, não válido e deve ser revogado".

Os diplomatas admitem que os Estados Unidos possam usar o seu direito de veto para bloquear esta resolução que deveria receber o apoio dos restantes 14 membros do Conselho de Segurança.

Israel ocupa Jerusalém Oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.

A anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional e os palestinianos consideram a parte ocidental de Jerusalém como a capital do seu futuro Estado.

Em 1980, o Conselho de Segurança da ONU adoptou uma resolução declarando que "todas as medidas e acções legislativas e administrativas tomadas por Israel, potência ocupante, que visem modificar o carácter e o estatuto da Cidade Santa de Jerusalém não têm nenhuma validade jurídica".

Os Estados Unidos abstiveram-se nessa votação.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela