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Israel pede a evacuação total da Cidade de Gaza antes de expandir a sua operação militar

Débora Calheiros Lourenço 09 de setembro de 2025 às 08:31

Israel pretende controlar o que descreve como “o último reduto do Hamas”, pelo que pede aos palestinianos para fugirem para a considerada zona humanitária no sul do território.

O exército israelita pediu uma evacuação total da Cidade de Gaza na manhã desta terça-feira, antes que seja expandida a operação militar na maior cidade do enclave.
Israel pede evacuação de Gaza antes de expandir operação militar AP Photo/Yousef Al Zanoun
Este foi o primeiro alerta para uma evacuação total da cidade que neste momento já se encontra rodeada de combates. O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, referiu, também esta terça-feira, que já foram destruídos trinta prédios altos da Cidade do Hamas e considerou que o Hamas os utilizava como infraestruturas militares. Já na segunda-feira, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel destruiu pelo menos 50 “torres terroristas” utilizadas pelo Hamas. Não ficou claro se as destruições anunciadas por Katz se somam às anunciadas por Netanyahu, ou se já estão incluídas nesta conta, mas o primeiro-ministro israelita considerou as ações como “apenas a introdução, o início da principal operação intensiva, a incursão terrestre” das Forças de Defesa de Israel (IDF). Israel pretende controlar o que descreve como “o último reduto do Hamas”, pelo que pede aos palestinianos para fugirem para a considerada zona humanitária no sul do território. Na capital do enclave moram cercam de um milhão de palestinianos e, até segunda-feira, apenas uma pequena parte se tinha retirado. A Cidade de Gaza serve também como sede de muitas organizações de apoio humanitário. O coronel Avichay Adraee, porta-voz das IDF, já tinha alertado na semana passada para a necessidade de evacuar a cidade, afirmando que se as famílias se deslocassem para sul iriam receber assistência humanitária, apesar de as organizações que ainda o conseguem fazer referirem que têm poucas capacidades para apoiarem mais pessoas uma vez que cerca de 90% dos dois milhões de palestinianos que vivem em Gaza se encontram deslocados. Desde que Israel lançou a sua resposta ao ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, já morreram pelo menos 64.522 palestinianos, segundo os dados do Ministério da Saúde de Gaza (controlado pelo Hamas), que não menciona quantos eram civis e quantos eram combatentes.
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