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Incêndio em escola primária no Quénia mata pelo menos 17 crianças

Luana Augusto 06 de setembro de 2024 às 12:13

Ainda não são conhecidas as causas do acidente, mas as autoridades acreditam que o número de mortos poderá aumentar.

Pelo menos 17 crianças morreram depois de uma escola primária no centro do Quénia ter pegado fogo na noite de quinta-feira (5), informou uma porta-voz da polícia local.  

Hillside Endarasha/Facebook

"Perdemos 17 alunos no incêndio e 14 ficaram feridos", disse à agência de notícias Reuters a porta-voz Resila Onyango. "A nossa equipa está neste momento no local." 

A causa do incêndio na escola primária Hillside Endarasha, em Nyeri, ainda não é conhecida, mas o presidente Wiliam Ruto revelou que já pediu às autoridades que investigassem o caso e que responsabilizassem os criminosos.  

"Instruo as autoridades relevantes a investigar minuciosamente este incidente horrível. Os responsáveis serão responsabilizados", escreveu na rede social X. "Rezamos pela rápida recuperação dos sobreviventes." 

Resila Onyango disse à agência de notícias France-Press que os corpos recuperados foram "queimados de uma forma irreconhecível" e acrescentou que o número de mortos poderia vir a aumentar. "É provável que mais corpos sejam recuperados assim que a cena for totalmente processada", sugeriu. 

Na escola, onde cerca de 800 crianças frequentam aulas segundo a agência France Press, estariam mais de 150 alunos nos dormitórios quando o fogo se início. Foi por volta da meia-noite, revela o chefe da polícia local, Pius Murugu. Apesar de ainda não serem conhecidas as identidades das vítimas, sabe-se que no Quénia as escolas primárias são frequentadas por alunos dos seis aos 14 anos, indica a BBC. 

A Hillside Endarasha Academy é um colégio primário privado e fica localizado nas Terras Altas Centrais do Quénia, a 150 quilómetros a norte de Nairobi. 

Incêndios em escolas no Quénia não são propriamente incomuns. Este tipo de episódios ocorre há mais de 30 anos e muitos têm mão criminosa. O Ministério da Educação afirma que algumas das razões por detrás destes ataques incluem abuso de drogas, más relações entre professores e alunos, sobrelotação e serviços de aconselhamento deficientes. 

Em 2001, 58 estudantes morreram num incêndio num dormitório da escola secundária Kyanguli, nos arredores de Nairobi. Em 2012, oito estudantes foram mortos numa escola em Homa Bay e em 2017, 10 estudantes morreram num incêndio com mão criminosa na Moi Girls Hight School, na capital. 

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