Secções
Entrar

Hungria interdita entradas no país e coloca Portugal na lista "laranja"

12 de julho de 2020 às 14:34

Os viajantes originários da categoria laranja devem confinar-se se não obtiverem resultado negativo no teste de despistagem de coronavírus nos cinco dias após a chegada.

A Hungria vai interditar na terça-feira o acesso a residentes em países africanos, na maior parte dos países asiáticos e em alguns estados europeus, entre medidas que afetam também Portugal, anunciou hoje o Governo, invocando o agravamento mundial da pandemia.

A partir de terça-feira à meia-noite, Budapeste vai introduzir um sistema tricolor e os habitantes dos países classificados como "zona vermelha" não serão autorizados a entrar no país da Europa central, até nova ordem.

"Devemos preservar a nossa segurança para que o vírus não seja introduzido. As taxas de infeção entre nós são baixas e queremos que continuem assim", declarou aos jornalistas Gergely Gulyas, chefe de gabinete do primeiro-ministro, Viktor Orban, na capital.

Os países africanos e asiáticos, à exceção da China e do Japão, são atingidos por esta nova medida.

Na Europa, afeta a Albânia, a Bósnia, a Macedónia do Norte, o Kosovo, a Bielorrússia, o Montenegro e a Ucrânia.

Os residentes húngaros provenientes destes destinos serão autorizados a regressar ao país, mas deverão submeter-se a um teste obrigatório de despistagem do novo coronavírus e a uma quarentena obrigatória de duas semanas, precisou Gulyas.

O sistema de classificação comporta igualmente zonas laranja e verdes. Os viajantes originários da categoria laranja devem confinar-se se não obtiverem resultado negativo no teste de despistagem de coronavírus nos cinco dias após a chegada.

Esta categoria inclui a Bulgária, Portugal, Suécia, Roménia, Reino Unido, Noruega, Sérvia, Rússia, Estados Unidos, China e Japão.

Nenhuma restrição foi imposta às transações com os restantes países classificados como zona verde.

A Hungria, um país membro da União Europeia com 9,8 milhões de habitantes, registou oficialmente, até hoje, 4.234 casos de infeção pelo novo coronavírus e 595 mortes devido à epidemia.

Na semana passada, invocando risco sanitário, o primeiro-ministro anunciou que Budapeste não seguiria uma recomendação da União Europeia destinada a levantar as restrições de viagem relacionadas com o coronavírus, para mais países fora da União.

O abrandamento das restrições nas fronteiras da União, anunciado em 30 de junho, foi deixado à consideração dos Estados-membros e visa ajudar o setor turístico do continente, afetado pela quebra no fluxo internacional de passageiros, devido às restrições adotadas para tentar conter a pandemia.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 565.000 mortos e infetou mais de 12,74 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.660 pessoas das 46.512 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela