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Guterres pede que não haja "castigo coletivo do povo palestiniano"

Diogo Barreto 25 de outubro de 2023 às 07:25

O secretário-geral da ONU voltou a condenar os ataques do Hamas a Israel, apelando ao mesmo tempo que os civis palestinianos não sejam castigados.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, apelou a que não seja aplicado um "castigo coletivo do povo palestiniano" por parte dos israelitas. Novas declarações surgem num momento em que o líder da orgnaização está sob fogo por ter afirmado que os ataques do Hamas "não aconteceram no vácuo", dando a entneder que o grupo terrorista terá tido motivos para lançar os ataques do dia 7 de outubro que resultaram na morte de 1.400 israelitas.

António Guterres

António Guterres voltou a falar do conflito israelo-palestiniano esta madrugada, depois de um dia em que vários responsáveis israelitas criticaram o discurso feito terça-feira pelo secretário-geral da ONU.

"O descontentamento do povo palestiniano não pode justificar os ataques horrendos realizados pelo Hamas", escreveu Guterres na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que "esses ataques horrendos não podem justificar o castigo coletivo do povo palestiniano".

Momentos antes, na abertura da reunião do Conselho de Segurança, Guterres condenou inequivocamente os "atos de terror" e "sem precedentes" de 7 de outubro perpetrados pelo grupo islamita Hamas em Israel, salientando que "nada pode justificar o assassínio, o ataque e o rapto deliberados de civis".

Contudo, o secretário-geral da ONU admitiu ser "importante reconhecer" que os ataques do grupo islamita Hamas "não aconteceram do nada", frisando que o povo palestiniano "foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante".

"Viram as suas terras serem continuamente devoradas por colonatos e assoladas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas. As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer", prosseguiu Guterres.

O líder da ONU sublinhou, porém, que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas", frisando ainda que "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".

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