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Guterres condena ataques à população em Nagorno-Karabakh

18 de outubro de 2020 às 21:31

O secretário-geral da ONU lamentou profundamente que "ambos os lados tenham ignorado os repetidos apelos da comunidade internacional no sentido de parar imediatamente os combates".

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou hoje os ataques à população civil em Nagorno-Karabakh, num contexto de troca de acusações entre o Azerbaijão e a Arménia por violação das "tréguas humanitárias".

"A trágica perda de vidas civis, especialmente crianças, na cidade de Gandja é totalmente inaceitável", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, acrescentando que o secretário-geral "condenou todos os ataques a áreas povoadas afetadas pelo conflito".

De acordo com a AFP, o secretário-geral da ONU também lamentou profundamente "que ambos os lados tenham ignorado continuamente os repetidos apelos da comunidade internacional no sentido de parar imediatamente os combates".

Treze civis foram mortos durante a noite de sexta-feira para sábado, incluindo crianças, e 45 pessoas ficaram feridas num bombardeamento em Gandja, a segunda maior cidade do Azerbaijão, uma semana após uma primeira tentativa falhada de cessar-fogo, liderada por Moscovo.

A cidade tem mais de 300 mil habitantes e situa-se a cerca de 300 quilómetros a oeste de Baku, a capital do Azerbaijão.

A Arménia e o Azerbaijão chegaram então a acordo sobre uma trégua humanitária no sábado, a partir das 00:00 de hoje, mas poucas horas depois verificaram-se ataques, e os dois países voltaram a culpar-se um ao outro por quebras nesse acordo.

Nagorno-Karabakh pertence ao Azerbaijão, mas está sob o controlo de forças étnicas apoiadas pela Arménia, alimentando um conflito que dura há várias décadas e que se agravou em 27 de setembro.

Nas últimas semanas morreram mais de 700 pessoas por causa deste conflito.

O novo surto de violência mina os esforços internacionais para acalmar as hostilidades entre os arménios cristãos e os azeris muçulmanos, envolvendo potências regionais como a Rússia e a Turquia.

Os Estados Unidos e a França são mediadores junto dos países envolvidos no conflito desde 1994, a par da Rússia, naquele que é denominado o grupo de Minsk.

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