Greve geral desafia regime de Nicolás Maduro
A oposição convocou uma greve geral de 24 horas como forma de protesto. A oposição opõe-se abertamente ao projecto de Assembleia Constituinte do Presidente
A greve geral de 24 horas convocada para hoje pela oposição venezuelana constitui uma nova acção de protesto e, sobretudo, um desafio ao regime do Presidente Nicolás Maduro.
A convocatória, feita na passada segunda-feira, vem na sequência do simbólico plebiscito realizado domingo, em que os venezuelanos rejeitaram a continuidade de Maduro na Presidência.
A oposição venezuelana rejeita, designadamente, o projecto de Assembleia Constituinte promovido pelo Presidente.
No plebiscito participaram 7,5 milhões de venezuelanos, dentro e fora do país, com 98% a responder "sim" às três perguntas apresentadas: se rejeitavam a eleição de uma Assembleia Constituinte, prevista para 30 de Julho, se pediam às forças armadas para acatarem as decisões do parlamento, onde a oposição detém a maioria, e se queriam uma renovação dos poderes públicos através do voto.
A greve geral de hoje, convocada pela aliança da oposição Mesa de Unidade Democrática, constitui um "mecanismo de pressão e preparação para a escalada definitiva", prevista na "próxima semana", para "enfrentar a fraude constituinte e conseguir o restabelecimento da ordem constitucional", segundo o vice-presidente do parlamento, Freddy Guevara, em conferência de imprensa na segunda-feira.
Maduro reiterou, na segunda-feira, que vai manter a convocatória para a eleição de uma Assembleia Constituinte, mecanismo que vai permitir alcançar "a independência e soberania", em resposta aos apelos de vários países para que suspenda a votação.
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