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Greve de taxistas espanhóis contra Uber e Cabify decorre sem incidentes

21 de janeiro de 2019 às 15:04

"Somos taxistas, não terroristas", afirmam os taxistas, vestidos com coletes amarelos, durante a manifestação. Querem regulamentações das licenças de veículos Uber e Cabify.

Centenas de taxistas espanhóis manifestaram-se hoje emBarcelonaeMadridpara exigir ao Governo regulamentações das licenças para os veículos com condutor, que operam principalmente através das plataformas informáticasUbereCabify.

"Somos taxistas, não terroristas", afirmam os taxistas, vestidos com coletes amarelos, durante a manifestação.

Segundo a agência de notícias espanhola Efe, a presença de táxis nas ruas é quase impercetível e vários grupos de taxistas estão a informar os passageiros da greve indicando opções de transporte disponíveis, como o metro ou o autocarro.

Em Barcelona, os taxistas manifestaram-se em frente ao edifício do parlamento regional catalão e no centro da cidade.

Os taxistas espanhóis reclamam que os motoristas de aplicativos concorrentes competem injustamente por não terem os mesmos regulamentos e custos.

Líderes do sindicato reuniram-se com o presidente da Comunidade de Madrid, Ángel Garrido, para estudar as demandas do setor e propor uma reforma expressa da Lei de Ordenação e Coordenação dos Transportes Urbanos da Comunidade de Madrid "em defesa dos direitos" dos taxistas.

De acordo com a Efe, os taxistas espanhóis irão manter a greve enquanto as administrações não tomarem medidas "contundentes" e "tranquilizadoras" para regular as licenças dos veículos de aluguer com condutor (VTC).

As autoridades policiais encontram-se nas ruas espanholas, após as anteriores manifestações de táxi terem sido marcadas por atos de violência contra veículos alegadamente ao serviço da Uber.

Na quinta-feira, os taxistas de Madrid anunciaram uma greve por tempo indefinido contra a proliferação de veículos de aluguer com condutor e para exigir limites à concessão de licenças a redes como a Uber e Cabify.

Os profissionais do setor decidiram paralisar numa votação em que quase 80% se manifestaram a favor da convocação da greve.

A denominada "guerra do táxi" tinha sido interrompida em 25 de outubro último, quando o parlamento espanhol avançou com uma lei para regular as atividades dos veículos de aluguer com condutor, que ainda aguarda a aprovação dos regulamentos de aplicação.

Os taxistas querem, nomeadamente, que se limitem as licenças para os veículos com condutor, que operam principalmente através das duas plataformas informáticas.

Segundo os taxistas, já há mais de 6.700 autorizações para veículos de aluguer com condutor a operar em Madrid.

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