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Extrema-direita alemã compara nazismo a um excremento de pássaro na história da Alemanha

02 de junho de 2018 às 16:23

O co-dirigente do partido alemão de extrema direita AfD afirmou que Adolf Hitler e os nazis não foram mais do que um "excremento de pássaro" num milénio alemão glorioso.

O co-dirigente do partido alemão de extrema direita AfD, Alexander Gauland, afirmou este sábado que Adolf Hitler e os nazis não foram mais do que um "excremento de pássaro" num milénio alemão glorioso, em declarações citadas pela Deutsche Welle.

"Hitler e os nacionais-socialistas [o partido NSDAP do Führer) não foram mais do que excremento de pássaro em 1.000 anos de história alemã de sucesso", afirmou o responsável político que é também co-presidente do grupo parlamentar Alternativa para a Alemanha (AfD).

"Reconhecemos a nossa responsabilidade pelos 12 anos" de ditadura nazi, acrescentou."Temos uma história gloriosa e essa, meus caros amigos durou mais do que esses malditos anos", declarou, num encontro da organização juvenil da AfD em Seebach, no leste da Turíngia, sobre a organização de jovens da AfD.

A secretária-geral do partido conservador da CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer, próxima de Angela Merkel, reagiu rapidamente no Twitter: "50 milhões de vítimas de guerra, o Holocausto e a guerra total são apenas 'excrementos de pássaros' para a AfD e Gauland. Eis o que é este partido por trás da máscara de civilidade".

Esta não é a primeira provocação do ex-CDU, Alexander Gauland, de 77 anos.

Durante a campanha eleitoral para as eleições parlamentares de Setembro passado, elogiou os méritos dos soldados da Wehrmacht.

Um dos seus partidários, Björn Höcke, também comparou o vasto monumento no coração de Berlim às vítimas do Holocausto como um "memorial da vergonha".

Primeira força de oposição à Câmara dos Deputados, a AfD estreou-se em grande no Bundestag, com mais de 90 deputados, e questionou o consenso em torno da memória dos alemães sobre o seu passado nazi.

Nascido em 2013 da oposição ao euro, o partido tornou-se, graças à "crise" de refugiados em 2015, anti-migrante, anti-Islão e anti- Merkel, endurecendo significativamente o discurso, especialmente contra os muçulmanos.

A co-líder do grupo parlamentar, Alice Weidel, atacou recentemente as mulheres com "burqa, meninas veladas, homens armados com facas e outras pessoas sem valor" que ameaçam, segundo ela, a prosperidade alemã.

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