Daesh reivindica atentado na Rússia
Dois ataques em menos de 24 horas mataram dois polícias no Daguestão. Auto-proclamado Estado Islâmico já reivindicou um dos atentados
Um polícia foi morto e outro ficou ferido na explosão de uma viatura num posto de controlo na região russa do Daguestão, informou a polícia local, horas depois de outro polícia morrer num atentado reivindicado pelo Estado Islâmico.
"Quando a polícia tentou parar um carro, o condutor avançou e o carro explodiu", disse um porta-voz da polícia local, Fatina Ubaydatova, citado pela agência AFP. "Como resultado, um polícia morreu e outro ficou ferido, segundo informação preliminar", acrescentou. O incidente ocorreu perto das 11h30 (9h30 em Lisboa) e desconhece-se o que aconteceu ao condutor do veículo.
Policeman killed in car explosion in southern Russia's Dagestan (Sputnik file pic) https://t.co/VZjHdV1OJL pic.twitter.com/fEhmg7x6mF
Horas antes, na noite de terça-feira, um polícia fora morto e dois feridos num ataque à bomba contra as viaturas em que seguiam. O atentado foi reivindicado pela organização Estado Islâmico.
Os dois veículos da polícia circulavam em direcção ao aeroporto de Uytash, perto da cidade de Kaspiysk, quando foram atingidos por uma dupla explosão, segundo um comunicado do ministério russo do Interior.
Um polícia morreu no local e dois outros foram feridos com níveis diferentes de gravidade, acrescentou o mesmo comunicado.
A agência de notícias Aamaq, ligada ao Estado Islâmico, noticiou por seu lado que dez soldados russos morreram e três ficaram feridos quando duas viaturas militares foram destruídas pelos combatentes do grupo terrorista.
Incidentes armados e ataques contra as forças da ordem são frequentes no Daguestão, uma república vizinha da Tchetchénia que se tornou um foco para os extremistas islâmicos.
Após a primeira guerra da Tchetchénia (1994-1996), a rebelião islamizou-se progressivamente, passando as fronteiras daquela república para se transformar, em meados dos anos 2000, num movimento islâmico ativo em todo o Cáucaso do Norte.
A maioria dos grupos armados locais juraram fidelidade ao Estado Islâmico, mas a presença real do grupo e a sua capacidade de cometer atentados no Cáucaso russo são limitadas.
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