Secções
Entrar

Covid-19: Perda total de olfato é sintoma, dizem médicos franceses

21 de março de 2020 às 18:23

Os sintomas que frequentemente aparecem associados ao coronavírus SARS-CoV-2 são febre, tosse e dificuldades respiratórias.

Médicos franceses apontam a perda total de olfato como um dos sintomas das infeções causadas pelo novo coronavírus na origem da pandemia covid-19.

Os sintomas que frequentemente aparecem associados ao coronavírus SARS-CoV-2 são febre, tosse e dificuldades respiratórias.

Contudo, na sexta-feira, a rede de otorrinolaringologistas franceses alertou para o aumento de casos de anosmia (perda total do olfato) entre doentes com covid-19.

A ausência de olfato foi descrita por vários doentes, em França, como tendo surgido de forma isolada ou ligada aos sintomas habituais da covid-19, doença que pode provocar infeções respiratórias como pneumonia.

Segundo o presidente do Conselho Nacional Profissional de Otorrinolaringologia de França, Jean-Michel Klein, "há uma ligação evidente" entre a perda de olfato e o SARS-CoV-2.

Jean-Michael Klein sublinhou que "nem todos os casos positivos" de covid-19 apresentam anosmia, mas "todos os anosmáticos isolados, sem causa local ou inflamação, são casos positivos" de covid-19.

Regra geral, a perda total de olfato está associada a uma lesão no nervo olfativo.

Na sexta-feira, num balanço diário da situação epidemiológica, o diretor-geral da Saúde francês, Jérôme Salomon, ressalvou que se trata de um sintoma "bastante raro" e "geralmente" observado nos mais jovens, que têm as formas "menos severas" da doença covid-19.

Jérôme Salomon aconselhou que, em caso de perda total de olfato, as pessoas contactem o seu médico e evitem automedicarem-se.

Por precaução, as pessoas com anosmia devem estar confinadas em casa e usar máscara, recomendou o presidente do Conselho Nacional Profissional de Otorrinolaringologia francês, Jean-Michael Klein.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 164 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma pandemia.

O continente europeu é o que regista o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos em 47.021 casos. Segundo as autoridades italianas, 5.129 dos infetados já estão curados.

A Espanha regista 1.326 mortes (24.926 casos) e a França 450 mortes (12.612 casos).

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são o Irão, com 1.556 mortes num total de 20.610 casos, a Espanha, com 1.236 mortes (24.926 casos), a França, com 450 mortes (12.612 casos), e os Estados Unidos, com 260 mortes (19.624 casos).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.008 casos (32 são novos casos registados entre sexta-feira e hoje), tendo sido registados 3.255 mortes (sete novas) e 71.740 pessoas curadas.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, há 12 mortes e 1.280 infeções confirmadas.

O número de mortos duplicou hoje em relação a sexta-feira e registaram-se mais 260 casos no mesmo período.

Portugal encontra-se em estado de emergência até 02 de abril.

O Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela