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Covid-19: Itália regista mais de 16 mil infeções em 24 horas, o maior aumento de sempre

22 de outubro de 2020 às 18:50

A região mais afetada continua a ser a Lombardia, o epicentro desde o início e que hoje somou 4.125 novos casos, a maioria na capital, Milão.

A Itália registou 16.079 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o maior aumento diário de sempre e mantendo a tendência de subida, e 136 pessoas morreram devido à doença, segundo o Ministério da Saúde.

Os casos positivos são quase mais mil do que na quarta-feira (15.199) e o maior número registado durante toda a pandemia, embora nesta segunda vaga sejam realizados muitos mais testes do que no início, sendo que hoje foram mais de 170 mil.

No total, 465.726 pessoas foram infetadas em Itália desde o início da emergência sanitária em fevereiro e, com os 136 óbitos – maior número desde maio – aumenta o número total para 36.968 mortes.

No país, 169.302 pessoas continuam com infeção ativa, embora a grande maioria esteja isolada nas suas casas com poucos ou nenhuns sintomas, a pressão nos hospitais continua a aumentar.

Especificamente, 10.686 pessoas estavam hoje internadas, 703 a mais do que na quarta-feira, das quais 992 necessitam de cuidados intensivos (mais 66).

A região mais afetada continua a ser a Lombardia, o epicentro desde o início e que hoje somou 4.125 novos casos, a maioria na capital, Milão.

Com estes dados, a linha do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, é que o país está mais bem preparado do que em março e que o confinamento deve ser evitado a todo custo, embora esteja a considerar novas medidas como toques de recolher, já anunciados por várias regiões.

A ilha da Sardenha prepara um confinamento total de duas semanas para conter o contágio, segundo o governador, Christian Solinas, que especificou que os portos e aeroportos serão encerrados para "limitar rápida e incisivamente" a circulação do vírus.

A região da Lácio, cuja capital é Roma, introduziu um toque de recolher a partir de sexta-feira, entre as 00:00 e as 05:00 hora locais (22:00 até às 03:00 GMT), proibindo assim as saídas durante a noite, se não for por motivos de trabalho, saúde ou emergências.

Essa medida foi aplicada também nas regiões mais afetadas pela segunda vaga da doença, como em Lombardia, especialmente na capital Milão, a partir de sexta-feira, e na Campânia, onde será aplicada a partir de hoje à noite.

No último domingo, o Governo central aprovou um decreto que pede aos autarcas que identifiquem e fechem os bairros mais movimentados das suas cidades à noite, além de restringir ainda mais o horário de bares e restaurantes, entre outras medidas.

A Lombardia, além do toque de recolher, estabeleceu o ensino à distância em todas as instituições de ensino médio, exceto aulas em laboratórios, que continuam a ser presenciais.

A ministra da Educação, Lucia Azzolina, dirigiu-se ao governador lombardo, Attilio Fontana, para lhe pedir que adote diversas medidas para evitar o encerramento de centro educativos, uma prioridade do Governo italiano.

Além disso, pediu ao governador da Campânia, Vincenzo de Luca, que sublinhe que a melhor iniciativa é fazer uma entrada por turnos de alunos nas escolas para evitar multidões e infeções.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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