Secções
Entrar

Covid-19: EUA acusam OMS e China de responsabilidade em muitas mortes

18 de maio de 2020 às 18:00

Secretário de Estado da Saúde norte-americano disse que, "numa aparente tentativa de esconder este surto, pelo menos um estado-membro fez pouco das suas obrigações de transparência".

Os Estados Unidos acusaram, esta segunda-feira, a China e a Organização Mundial de Saúde (OMS) de responsabilidade em "muitas mortes" provocadas pela covid-19, afirmando que ambas contribuíram para que a pandemia ficasse fora de controlo.

Numa declaração gravada apresentada perante a 73.ª Assembleia Mundial da Saúde, que se realiza por teleconferência, o secretário de Estado da Saúde norte-americano, Alex Azar, afirmou que "uma das principais razões para este surto se descontrolar foi o falhanço [da OMS] em obter informação de que o mundo precisava e esse falhanço custou muitas vidas".

"Numa aparente tentativa de esconder este surto, pelo menos um estado-membro fez pouco das suas obrigações de transparência", acrescentou o ex-lóbista da indústria farmacêutica, declarando que "a OMS falhou na sua missão central de partilha de informação e transparência quando os estados-membros não agem de boa fé".

Alex Azar referia-se à China, reiteradamente acusada pelo presidente Donald Trump de ser responsável pela propagação do novo coronavírus, ao mesmo tempo este e a sua administração enfrentam críticas pela gestão da pandemia no seu próprio país, que tem o maior número de infeções (quase 1,5 milhões) e mais mortos (89.564) em todo o mundo.

O responsável governamental da saúde nos Estados Unidos defendeu que "o ‘status quo’ é intolerável" e que "a OMS tem que mudar e tornar-se muito mais transparente".

Dirigindo-se aos outros 193 membros da Assembleia, Alex Azar fez uma "oferta aberta de cooperação" nos esforços para conter a pandemia, indicando que parte do esforço financeiro dos Estados Unidos contra a pandemia são "500 milhões de dólares" em ajuda a 40 dos países mais vulneráveis.

Noutro gesto de afronta política a Pequim, Alex Azar apelou à participação na Assembleia Mundial da Saúde de Taiwan, a ilha com 23 milhões de habitantes cuja soberania a China se recusa a reconhecer, considerando-a uma província sua.

Os cidadãos de Taiwan "não podem ser sacrificados para mandar uma mensagem política", disse Azar.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela