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Covid-19: Aeroportos franceses vão testar passageiros de países de risco

12 de julho de 2020 às 17:16

Governo francês quer realizar cerca de 2.000 testes diários, adiantando que não serão feitos testes a quem provar que já foi testado nos seus países de origem.

A França vai realizar de forma sistemática testes nos aeroportos a todos os passageiros provenientes de países "de risco", onde há maior circulação do novo coronavírus, disse hoje o porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal.

"Vamos fazer testes sistemáticos nos aeroportos aos passageiros provenientes de países estrangeiros ‘vermelhos’, quer dizer, de países onde o vírus circula mais", afirmou Attal à televisão francesa BFMTV.

O porta-voz do Governo esclareceu ainda que o executivo quer realizar cerca de 2.000 testes diários, adiantando que não serão feitos testes a quem provar que já foi testado nos seus países de origem.

Nestes caso, realçou, serão pedidos os comprovativos.

Desta forma, o Governo francês aumenta o controlo em relação aos passageiros, embora Gabriel Attal tenha dito que os testes eram voluntários.

O representante referiu ainda que, por agora, não está previsto obrigar os franceses a usarem máscara nos lugares públicos, embora esta seja uma recomendação.

"Os franceses são responsáveis e quando lhes fazemos uma recomendação respeitam-na de forma massiva", disse, sublinhando, contudo, que o Governo adapta sempre as suas recomendações consoante a evolução da situação.

A França ultrapassou já a barreira das 30.000 mortes devido à infeção provocada pelo novo coronavírus, de acordo com o mais recente balanço, divulgado na sexta-feira.

Na altura, as autoridades de saúde pediram prudência aos franceses por causa do início das férias para muitos deles e devido à ponte que coincide com o feriado nacional de 14 de julho, em que se comemora a Tomada da Bastilha.

As autoridades de saúde francesas referiram também que nas últimas semanas se registou uma inversão na tendência do número de infeções, a qual tinha diminuído.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 565 mil mortos e infetou mais de 12,74 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (134.815) e mais casos de infeção confirmados (mais de 3,24 milhões).

Seguem-se Brasil (71.469 mortos, mais de 1,83 milhões de casos), Reino Unido (44.798 mortos, mais de 288 mil casos), Itália (34.945 mortos e mais de 242 mil casos), México (34.730 mortos, mais de 295 mil casos), França (30.007 mortos, mais de 208 mil casos) e Espanha (28.403 mortos, quase 254 mil casos).

A Índia, que contabiliza 22.674 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com quase 850 mil, seguindo-se a Rússia, com mais de 727 mil casos e 11.335 mortos.

Portugal contabiliza pelo menos 1.654 mortos associados à covid-19 em 46.221 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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