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Boko Haram reivindica atentado que provocou 22 mortos na Nigéria

28 de novembro de 2015 às 17:47

O grupo radical islâmico Boko Haram reivindicou este sábado a autoria do ataque suicida de sexta-feira durante uma procissão xiita

O grupo radical islâmico Boko Haram reivindicou hoje a autoria do ataque suicida de sexta-feira, durante uma procissão xiita na aldeia de Dakasoye, a nordeste da Nigéria, que provocou 22 mortos.

Um homem-bomba "detonou os explosivos que causaram as mortes" dos fiéis reunidos numa vila perto de Kano, anunciou o grupo num comunicado publicado em árabe nas redes sociais.

"E com a permissão de Alá os nossos ataques contra xiitas politeístas vão continuar até que se tenha limpado a terra da sua imundície", alertou ainda o grupo radical islâmico na nota, citada hoje pela agência de notícias France Press.

O Boko Haram prometeu lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI, também conhecido pelo acrónimo árabe Daesh), que considera os xiitas como hereges.

O ataque suicida de aconteceu cerca das 13h em Lisboa na localidade de Dakasoye, 20 quilómetros a sul de Kano, segundo o Movimento Islâmico na Nigéria, que organizou a procissão integrada nas celebrações do luto xiita de Ashura, pelo aniversário da morte do imã Hussein, neto do profeta Maomé.

Um dos organizadores que não quis ser identificado disse à agência France Presse que o suicida tinha um cúmplice que foi detido antes e que confessou que "tinham sido enviados pelo (grupo radical islâmico) Boko Haram".

O grupo radical sunita Boko Haram, que pretende criar um estado islâmico no nordeste da Nigéria, já foi antes responsabilizado por ataques contra muçulmanos xiitas na região.

Em Novembro de 2014, pelo menos 15 pessoas morreram e 50 outras ficaram feridas quando um bombista suicida se fez explodir no meio de uma multidão concentrada para uma procissão inserida nas festividades de Ashura na cidade de Potiskum, no estado de Yobe. O atentado foi atribuído ao Boko Haram.

Iniciada em 2009, a revolta do Boko Haram e a sua repressão causaram pelo menos 17.000 mortos e 2,5 milhões de deslocados na Nigéria.

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