Avião com 132 pessoas a bordo despenha-se na China. Não há sinais de sobreviventes

O avião, um Boeing 737, pertencia à companhia aérea China Eastern Airlines. A própria companhia aérea já lamentou as mortes de todos os passageiros e tripulação. 

No local do embate, as equipas de socorro indicam que o avião se desintegrou e causou um incêndio que se alastrou às árvores de bambu. O jornalPeople's Dailycita o chefe dos bombeiros que refere não existir sinal de vida entre os escombros.

A aeronave estava a caminho de Guangzhou, vindo de Kunming, avança aBBC. A bordo tinha 123 passageiros e nove membros da tripulação. Perdeu o contacto com a torre de controlo por cima da cidade de Wuzhou, indicou a  Administração da Aviação Civil da China. O voo saiu de Kunming às 13h11 (05h11 em Lisboa) e a chegada a Guangzhou estava prevista para as 15h05 (07h05 em lisboa).

O avião tem seis anos e não se sabe ainda o que levou ao acidente. No entanto, a companhia aérea já anunciou que as causas do acidente estão agora sob investigação, refere aReuters.

O último acidente fatal com aviões na China foi em 2010, quando 44 entre as 96 pessoas a bordo de um avião morreram, na aproximação ao aeroporto de Yichun num dia com baixa visibilidade.

No Twitter circulam vídeos que, alegadamente, correspondem ao momento em que o avião se despenhou contra o solo e que mostram a aeronave a cair a pique. De acordo com o site de seguimento de aviões FlightRadar24, o avião desceu a uma velocidade final de 31.000 pés por minuto (9.4488 quilómetros/minuto). O avião estava a uma altitude de 29.100 pés (8.86968 quilómetros) e em dois minutos e 15 segundos caiu para os 9.075 pés (2.76606 quilómetros) de altitude. A última vez que apareceu no radar esta já a apenas 982.98 metros do solo.

Acidentes de aviões durante a fase de cruzeiro são raros. Apesar de esta ser a maior parte do tempo da viagem, os problemas são mais comuns na fase de descolagem ou aterragem. A Boeing, empresa do avião que se despenhou, indicou num relatório do ano passado que apenas 13% dos acidentes fatais, entre 2011 e 2020, aconteceram durante a fase de cruzeiro. Enquanto 28% aconteceu na abordagem final e 26% já na aterragem.

"Normalmente o avião está em piloto automático na fase de cruzeiro. Por isso é muito difícil perceber o que aconteceu", explicou Li Xiaojin, um perito em avião chinês. "Do ponto de vista técnico isto é algo que nunca devia ter acontecido."

As informações meteorológicas indicam que as condições de visibilidade eram boas, no momento do acidente.

Notícia atualizada às 12h15 com a indicação de que não existem sobreviventes.

Com Ana Bela Ferreira

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