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A cada minuto morrem duas crianças com pneumonia

27 de novembro de 2017 às 14:54

A doença mata quase um milhão de crianças anualmente, mesmo podendo ser tratada com antibióticos que custam 34 cêntimos.

A cada minuto que passa duas crianças com menos de cinco anos morrem no mundo de pneumonia, doença que mata quase um milhão de crianças anualmente - mesmo podendo ser tratada com antibióticos que custam 34 cêntimos.

Este alerta, que consta no manifesto da organização não-governamental (ONG) "Save the Children", citado esta segunda-feira pela agênciaEFE, explica que a pneumonia é a "doença da pobreza" e a principal causa de morte infantil por doenças infecciosas.

Os países mais afectados são os economicamente mais atrasados e subdesenvolvidos, onde as crianças mais pobres têm mais riscos de contrair a doença - que mata mais que sarampo, malária e diarreia juntos, segundo a ONG.

A "Save the Children" definiu como objectivo salvar um milhão de vidas nos próximos cinco anos.

A informação mostra como políticas nacionais, apoiadas pela cooperação internacional, poderão salvar 5,3 milhões de vidas até 2010. 

A mesma organização explica que a administração do antibiótico amoxicilina custa 34 cêntimos, "menos que um pacote de doces num supermercado ocidental", podendo com esse antibiótico salvar uma criança.

Apesar do preço, o fármaco não está disponível em muitos centros de saúde de países mais afectados pela doença, como a Tanzânia e a República Democrática do Congo.

A "Save the Children" refere ainda que 170 milhões de crianças não estão vacinadas contra a doença e que as crianças do sexo feminino com pneumonia têm um risco de morrer 43% superior às do sexo masculino no sul da Ásia.

Para reduzir o número de vítimas, a ONG reclama vacinas mais baratas e que se possa vacinar mais de 166 milhões de crianças menores de dois anos para prevenir a enfermidade.

Além disso, pede aos governos planos de acção que assegurem a disponibilidade de antibióticos em todo o mundo, incluindo o acesso universal a centros de saúde com pessoal capacitado para diagnosticar a doença de forma "rápida e precisa".

A ONG propõe ainda o estabelecimento de alianças público-privadas para ampliar as provisões de oxigénio necessário para ajudar as crianças que "lutam por respirar" e a adopção de medidas para ajudar os mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo que não têm acesso a serviços médico-sanitários.

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