Palestina acusa Israel de matar sete palestinianos na Faixa de Gaza
O Exército israelita matou na sexta-feira sete palestinianos, dois deles crianças, e feriram dezenas de pessoas.
O Exército israelita matou na sexta-feira sete palestinianos, dois deles crianças, e feriram dezenas de pessoas, informaram hoje as autoridades palestinianas, num momento em que o Hamas aumenta os protestos ao longo da Faixa de Gaza.
Dois dos mortos eram crianças de 12 e 14 anos, informou o Ministério da Saúde de Gaza, acrescentando que todos as vítimas apresentavam ferimentos causados por armas de fogo. Pelo menos outros 90 manifestantes ficaram feridos, acrescentaram as autoridades.
Milhares de palestinianos reuniram-se na nesta sexta-feira em cinco locais ao longo da fronteira da Faixa de Gaza com Israel, em resposta aos apelos do Hamas, grupo islâmico que controla Gaza.
O Hamas tem liderado protestos semanais desde Março, mas nas últimas semanas tornou esses eventos quase diários, exigindo o fim do bloqueio económico e comercial imposto pelos governo de Israel e do Egipto.
O Exército israelita esclareceu em comunicado que, em resposta a "granadas e engenhos explosivos" lançados contra as tropas durante os protestos, alguns aviões realizaram dois ataques contra posições do Hamas na Faixa de Gaza, não existindo vítimas israelitas a registar após os confrontos de sexta-feira.
O Hamas liderou e organizou os protestos, mas a participação também foi impulsionada pelo crescente desespero em relação às dificuldades ligadas ao bloqueio, incluindo longos cortes de energia e o aumento do desemprego.
Tropas israelitas mataram pelo menos 143 palestinianos desde o início dos protestos no final de Março. Um franco-atirador palestiniano matou um soldado israelita em Agosto.
Israel argumenta que está a defender a sua fronteira e acusa o Hamas de usar os protestos como um desculpa para atacar civis e soldados.
Já grupos de direitos humanos acusaram as tropas israelitas de uso excessivo e ilegal de força contra manifestantes desarmados.
O Hamas e Israel chegaram à beira de um sério conflito este verão, tendo-se verificado uma escalada da violência ao longo da fronteira.
Os dois lados tentaram chegar a um acordo através de conversações indirectas mediadas pelas Nações Unidas e pelo Egipto, mas as negociações, contudo, estagnaram nas últimas semanas.
No início desta semana, um funcionário do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que o movimento aumentaria os seus protestos nas fronteiras.
O Hamas prometeu continuar os protestos até que o bloqueio seja suspenso.
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