"Sempre": um 25 de Abril imaginado na RTP
"Estas nossas ficções não magoam em nada o que aconteceu", descreve o realizador Manuel Pureza, que garante que a série é "uma carta de amor a Abril". Gabriela Barros é a protagonista.
"Estas nossas ficções não magoam em nada o que aconteceu", descreve o realizador Manuel Pureza, que garante que a série é "uma carta de amor a Abril". Gabriela Barros é a protagonista.
Depois das datas redondas, não tem havido atenção ao campo de concentração, considera o antigo embaixador cabo-verdiano Luís Fonseca.
Este feriado vai ser pródigo em propostas de entrada livre: selecionámos dez por todo o País, de Lisboa a Oeiras, Porto, Setúbal e Sines. Juntamos-lhe ainda teatro e três sugestões de entrada paga.
25 de Abril de 1974 foi uma quinta-feira. Dia foi escolhido pelos oficiais tendo em conta os militares disponíveis nas unidades.
Não era a primeira vez e não seria seguramente a última que a vizinha ia à vida dela e se esquecia de bater a porta.
O sistema de ensino português encontra-se pela primeira vez em rota descendente.
Arrogo-me a não querer ouvir daqueles que em 50 anos não conseguiram varrer a pobreza.
O meu pai achava sempre que a derrota da ditadura estava para vir daí a dias.
Nos catálogos da RTP Play, da OPTO, da Netflix, da HBO e da Prime Video Portugal há várias obras de ficção televisiva que vale a pena recuperar para compreender Abril.
A década de 1970 foi profícua em acontecimentos que marcam o País até hoje. Anos depois da revolução dos cravos, o cinema também lhe prestou homenagem.
50 anos após o 25 de Abril, Portugal tem apenas 2% de habitação pública, uma das taxas mais baixas da União Europeia.
Eleições na floresta, um ET que não sabe quem nos governa ou uma coisa invisível - a lei - que impede uma república das bananas. De forma divertida, eis a democracia trocada por miúdos.
Não é só (mas também) com cravos que se ilustra Abril de 1974. Ficou retratado em cartazes, canecas, caixas de fósforos, jogos, autocolantes, diários e jornais.
Honrar o 25 de abril passaria por combater estes movimentos e partidos localizando a origem e traçando o caminho do dinheiro que os alimenta e que pretende destruir os valores que revoluções como o 25 de abril trouxeram às muitas pessoas que acreditam na democracia e aos seus herdeiros.
A sociedade portuguesa experimenta a prova do tempo da sua maturidade para viver sendo livre e democrática.
A história do 25 de Abril de 1974 também se pode contar através de ícones: da incontornável G3 ao megafone, passando pelo "V" da Vitória. Há escolhas óbvias. Outras nem tanto.
A Câmara Municipal de Grândola desafiou 25 ilustradores e outros tantos escritores a contarem, nestas duas formas de expressão criativa, de que forma o 25 de Abril de 1974 os marcou e juntoua as suas histórias numa coleção de 25 postais evocativos dos 50 anos da revolução dos cravos. A autarquia disponibilizou ao Negócios os referidos postais (texto e imagem) que aqui partilhamos com os leitores. Porque a memória futura se constrói preservando o passado esta é uma viagem que vale a pena fazer. Para ver, ler e desfrutar.
Em 1974 Orlando foi para a guerra, Maria servia os irmãos na cama, Ana tratava mulheres que davam leite de vaca aos filhos, Joaquim regressou da guerra para o bairro clandestino – e António foi para a esquadra por beijar a namorada na boca.
Presos aos clubes pela "lei de opção", os futebolistas não saíam de Portugal. Nos últimos 50 anos, tudo se alterou, dos salários às transferências - em 2023, 277 jogadores mudaram-se para o estrangeiro. E com o aumento de praticantes em todas as modalidades (em especial no feminino), os sucessos chegaram, como provam os cinco ouros olímpicos.
Amputar o Tribunal de Contas não é fazer a reforma do Estado. É abdicar dela.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.