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Gilberto Gil dá concerto único em Portugal

O ícone da música popular brasileira regressa à Europa em 2026 para apenas quatro datas, na sequência da sua "Última Turnê".

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Edição de 16 a 22 de dezembro
Gilberto Gil dá concerto único em Portugal
Pedro Henrique Miranda 18 de dezembro de 2025 às 16:58
Rui Bandeira

Gilberto Gil está de volta a Portugal em 2026. O cantor e compositor baiano, membro-fundador do movimento tropicalista e uma das maiores figuras da música popular brasileira estará na Europa em 2026 para uma mini-digressão de apenas quatro datas -- uma das quais no Porto.

O espetáculo está marcado para o dia 10 de abril, às 21h, no Coliseu do Porto, onde Gilberto Gil esteve pela última vez há dois anos, na digressão Aquele Abraço, de celebração de 60 anos de carreira. Os bilhetes, que custam entre €25 e €390, são colocados à venda na sexta-feira, 19 de dezembro, a partir das 10h. 

A passagem por Portugal vem na sequência de Tempo Rei - Última Turnê, publicitada como a digressão de despedida de Gil dos palcos, que passou, ao longo deste ano, por grandes palcos e estádios da América do Sul. À Europa, o veterano de 83 anos virá acompanhado de dois filhos, Bem e José Gil, e dois netos, João e Flor Gil.

Nome cimeiro da música brasileira, Gilberto Gil começou a tocar e cantar em bandas com 18 anos na sua cidade-natal de Salvador, Bahia, inspirado pela técnica e melodia da bossa nova de João Gilberto -- uma influência particularmente evidente nos seus primeiros discos, incluindo Louvação (1967).

Amigo e colaborador frequente de Caetano Veloso, ajudou a inaugurar com ele o movimento artístico da Tropicália, em colaboração com artistas como Os Mutantes, Gal Costa, Tom Zé e Nara Leão. Com Caetano, exilou-se em Inglaterra na viragem dos anos 70, em oposição ao regime da ditadura militar brasileira -- experiência que resultou nos discos Gilberto Gil (1971) e Expresso 2222 (1972).

Nos anos 70, depois de um período mais ligado à experimentação, a investigação de ritmos e géneros tradicionais afro-brasileiros resultou na sua mais célebre trilogia de discos: Refazenda (1975), Refavela (1977) e Realce (1979). Formou ainda o quarteto Doces Bárbaros com Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa, e, a partir dos anos 80, expandiu o seu leque a géneros como o reggae.

Continuou, até aos anos 2010, a editar discos e realizar digressões com regularidade, passando por Portugal com Caetano no espetáculo Dois Amigos: Um Século de Música, celebração dos 50 anos de carreira da dupla, ou nos 40 anos do disco Refavela, revisitado na íntegra. O seu mais recente álbum de estúdio, OK OK OK, data de 2018.

Revisite o espetáculo dedicado aos sambas preferidos de Gilberto Gil, gravado em setembro de 2023 no Rio de Janeiro:

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