Decisão foi comunicada após o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, se ter reunido com os realizadores da série, esta segunda-feira.
A minissérie da NetflixAdolescência, que mereceu recentemente a atenção dos pais para a forma como podem proteger os seus filhos das redes sociais, está a suscitar de tal forma um debate intenso no Reino Unido que a série vai começar a ser emitida gratuitamente nas escolas do país.
A decisão foi comunicada após o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, se ter reunido com os realizadores da série, esta segunda-feira, para debater a proteção das crianças. Segundo o gabinete do primeiro-ministro, deste encontro saiu o apoio por parte de Starmer a uma iniciativa da Netflix, de transmitir a série de drama de forma gratuita nas escolas secundarias do país, para que o maior número possível de jovens possa assistir.
Adolescência, que foi filmada em Inglaterra, explora as difíceis questões que pairam quando um rapaz de 13 anos é acusado de matar uma rapariga da sua escola, e aborda como as interações nas redes socais podem desempenhar um papel importante.
De acordo com a Netflix, desde que a série foi lançada, em março deste ano, que a mesma já alcançou 66.3 milhões de visualizações em todo o mundo. No Reino Unido, a série tem sido motivo de debate.
"Parece que todo o país está a falar de Adolescência, e não é apenas esta nação", disse Keir Starmer. "Como pai, não foi fácil ver isto com um filho, porque isso conecta-nos com os medos e as preocupações que tu tens como pai e adulto."
E acrescentou: "Não existe uma única alavanca política para puxar. Isto é, na realidade, um problema muito maior que este. E este é o efeito devastador que este problema de misoginia tem na nossa sociedade."
Jack Thorne, um dos criadores da série, afirmou que a equipa por detrás de Adolescência havia realizado esta série com o objetivo de gerar uma conversa em torno do tema.
"Termos a oportunidade de passar isto nas escolas está muito além das nossas expectativas", disse. "Esperamos que que isso leve os professores a falar com os estudantes, mas esperamos também que os alunos conversem entre si."
