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Do capricho divino à civilização com Oresteia, no CCB

Para a deusa Atena, só um tribunal com jurados mortais poderá acabar com as carnificinas no mundo humano. Eis a Oresteia de Ésquilo, que Tónan Quito encena no CCB, com bailarinos-deuses e os Dead Combo a tocar

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Rita Bertrand 19 de fevereiro de 2018 às 07:00

Os homens eram marionetas, que obedeciam cegamente à vontade dos deuses, perpetuando ciclos de vingança e carnificinas que dizimavam famílias inteiras. Entretanto nasceram novos deuses, a discordar dos antigos, que sopravam maldições intermináveis sobre as famílias (como a de Orestes, que mata a mãe para vingar a morte do pai) - entre eles Atena, que no fim daOresteia(cuja estreia será no sábado, dia 17, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa encenação de Tonán Quito) institui um tribunal de homens, para homens, com poder superior à caprichosa vontade divina. Daí em diante, a culpa dos crimes deixa de ser dos deuses, mas também passa a ser legítimo não vingar o pai ou o filho, em nome de um bem maior: a paz.

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