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Cesariny "fez o intocável descer do pedestal", defende Marcelo

O Presidente da República emitiu esta quarta-feira uma nota sobre os 100 anos de nascimento de Mário Cesariny. "Trouxe para a poesia portuguesa, e para a cultura portuguesa, um hedonismo vitalista", considera Marcelo Rebelo de Sousa.

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Lusa 09 de agosto de 2023 às 15:29
Marta Vitorino/Correio da Manhã

O Presidente da República assinalou esta quarta-feirao centenário de Mário Cesarinynuma nota oficial em que anuncia que o poeta será evocado na Festa do Livro em Belém, em setembro, juntamente com Natália Correia e Eugénio de Andrade.

"Poeta em tudo, nos versos como na obra plástica, nos manifestos e antologias como nas traduções, nas provocações e nas recusas, e no quotidiano também, Mário Cesariny elevou o que estava à margem e fez o intocável descer do pedestal", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa numa nota oficial colocada no seu portal na Internet.

Marcelo reitera a suas palavras de dezembro de 2026, aquando da trasladação para o Talhão dos Artistas no cemitério dos Prazeres, que Mário Cesariny "'trouxe para a poesia portuguesa, e para a cultura portuguesa, um hedonismo vitalista, mesmo quando trágico, uma atitude pagã, satírica, escarninha, lúdica', mas intensamente lírica e transformadora".

Às comemorações do seu centenário "associar-se-á a Festa do Livro em Belém, que no início de setembro o evoca juntamente com outros dois poetas nascidos em 1923, Natália Correia e Eugénio de Andrade", refere ainda o chefe de Estado.

As comemorações do centenário do nascimento do artista plástico e poeta Mário Cesariny (1923-2006) arrancaram no sábado, com a inauguração da exposiçãoEm todas as ruas te encontro, na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão.

Mário Cesariny de Vasconcelos nasceu a 9 de agosto de 1923, em Lisboa, e frequentou a Escola Artística António Arroio entre 1936 e 1943, onde conheceu António Domingues, Cruzeiro Seixas, Fernando de Azevedo, Fernando José Francisco, José Leonel Martins, Júlio Pomar, Pedro Oom e Marcelino Vespeira, segundo a biografia patente no 'site' da Fundação Cupertino de Miranda.

Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, foi distinguido com o Grande Prémio EDP em 2002 e, três anos mais tarde, com o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (APE)/Caixa Geral de Depósitos (CGD) e condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Cesariny morreu em Lisboa, em 26 de novembro de 2006.

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