A final do 69.º Festival Eurovisão da Canção foi disputada por 26 países este sábado em Basileia, na Suíça.
A Áustria venceu, este sábado, o 69.º Festival Eurovisão da Canção, que decorreu em Basileia, na Suíça. Portugal, representado pelos NAPA, conquistou o 21º lugar, com a canção Deslocado.
O contratenor austríaco-filipino JJ, que levou ao festival a canção Wasted Love, estuda música clássica na MUK -- Universidade Privada de Música e Arte de Viena e atualmente atua na Ópera de Viena. No total, a Áustria conquistou 436 pontos.
34 mil pessoas estiveram na arena St. Jakobshalle a assistir à final do concurso dedicado à música europeia, apresentado pela humorista Hazel Brugger, pela atriz Michelle Hunziker e pela apresentadora e cantora Sandra Studer.
A cantora Iolanda, que representou Portugal em 2024, foi a porta-voz do júri português e anunciou o país vencedor dos 12 pontos portugueses: a Itália.
O festival também contou com a atuação do suíço Nemo, vencedor da edição anterior, que apresentou em palco a nova canção, Unexplainable. No ano passado, a canção The Code valeu-lhe o primeiro lugar na competição.
Portugal terminou a competição com um total de 50 pontos. Contrariando as previsões das casas de apostas, - que colocavam os NAPA nos últimos lugares da classificação - a canção Deslocado foi selecionada na primeira semifinal, a 13 de maio, juntamente com Lighter, do norueguês Kyle Alessandro, Zjerm, do duo albanês Shkodra Elektronike, Bara bada bastu, do grupo KAJ, que representa a Suécia, Róa, do duo islandês Væb, C'est la vie, do neerlandês Claude, Gaja, tema da cantora polaca Justyna Steczkowska, Tutta l'Italia, de Gabry Ponte (San Marino), Espresso Macchiato, do rapper e cantor Tommy Cash (Estónia) e Bird of Pray, da banda ucraniana Ziferblat.
Após vencer a 59ª edição do Festival da Canção, a música escolhida pela banda madeirense para representar Portugal não reuniu consenso por parte do público e houve até quem acreditasse que a música não iria passar na primeira semifinal. Além disso, a falta de concordância entre os votos do público e do júri no Festival da Canção também esteve no centro da polémica, já que I Wanna Destroy, de Henka, foi o tema mais votado pelo público, mas recebeu 0 pontos do júri.
Os NAPA acabaram por ser selecionados, naquele que foi o quinto apuramento consecutivo de uma canção portuguesa para a final. O quinteto, composto por Francisco Sousa (guitarra), João Guilherme Gomes (vocal e guitarra), João Rodrigues (bateria), Diogo Góis (baixo) e João Lourenço Gomes (piano), formou-se em 2013 e chamava-se inicialmente Men on the Couch.
Em 2019, os madeirenses apresentaram o álbum de estreia, Senso Comum; seguindo-se Logo se Vê (2023). O tema Deslocado, dedicado a quem está longe de casa e sente saudades, fez rapidamente sucesso nas redes sociais.
Salvador Sobral, o único vencedor português da Eurovisão, manifestou apoio aos NAPA no início do mês. O cantor esteve no Ubzequistão a apresentar o seu álbum mais recente, Timbre, e foi filmado a cantar o tema da banda madeirense. O momento foi posteriormente partilhado nas redes sociais pelo quinteto.
A final foi disputada por 26 países: Noruega, Luxemburgo, Estónia, Israel, Lituânia, Espanha, Ucrânia, Reino Unido, Áustria, Islândia, Letónia, Países Baixos, Finlândia, Itália, Polónia, Alemanha, Grécia, Arménia, Suíça, Malta, Portugal, Dinamarca, Suécia, França, São Marino e Albânia.
Esta edição ficou novamente marcada pelo conflito israelo-palestiniano. De acordo com a agência Lusa, mais de 70 músicos, incluindo os cinco portugueses Salvador Sobral, António Calvário, Fernando Tordo, Lena D'Água e Paulo de Carvalho, apelaram à União Europeia de Radiodifusão (UER) para que expulsasse Israel da competição. Na quinta-feira passada, durante o ensaio da segunda semifinal da Eurovisão, seis pessoas foram expulsas da arena St. Jakobshall por interromperem a atuação da cantora Yuval Raphael, representante israelita no festival.
