O filme Cartas da Guerra, de Ivo M. Ferreira, dominou esta quarta-feira, 22, os Prémios Sophia, da Academia Portuguesa de Cinema, ao arrecadar nove das 21 estatuetas entregues, entra as quais as de Melhor Filme e Melhor Realização.
Cartas da Guerra foi distinguido com os prémios de Melhor Argumento Adaptado, escrito pelo realizador com Edgar Medina, Melhor Montagem (Sandro Aguilar) e Melhor Fotografia (João Ribeiro), entre outras categorias técnicas.
A partir da correspondência entre o escritor António Lobos Antunes e a primeira mulher, Maria José, quando esteve destacado nos anos 1970 em Angola, Ivo M. Ferreira deixa um retrato sobre "a maior tragédia portuguesa do século XX", como contou à agência Lusa.
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Apesar de Ivo M. Ferreira ter feito pesquisa e investigação, o mote para o filme foi o livro D'este viver aqui neste papel descripto, com as cartas organizadas pelas filhas de Lobo Antunes e da mulher. Médico de formação, na altura Lobo Antunes ainda não tinha trinta anos nem tinha publicado qualquer romance.
Cartas da Guerra foi rodado em Portugal e em Angola, com mais de 40 actores, entre os quais Miguel Nunes, no papel de António, e Margarida Vila-Nova, que representa Maria José e é a leitora das cartas de amor, fio condutor de toda a narrativa do filme.
Os prémios foram entregues numa cerimónia que se realizou no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa. Percorra a fotogaleria e veja algumas imagens da cerimónia, marcada pela homenagem a Ruy de Carvalho com o prémio Mérito e Excelência: