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Morreu Eduardo Serra, o mais internacional dos diretores portugueses de fotografia

Nascido em Lisboa em 1943, Eduardo Serra foi nomeado duas vezes para os Óscares, pelos filmes "As Asas do Amor", de Iain Softley, e "Rapariga com Brinco de Pérola", de Peter Webber, que lhe garantiu o prémio BAFTA da Academia Britânica de Cinema.

Lusa 22 de agosto de 2025 às 07:30
Morreu Eduardo Serra, diretor de fotografia português com carreira internacional Pedro Catarino/Medialivre
O diretor de fotografia Eduardo Serra morreu aos 81 anos, anunciou a Academia Portuguesa de Cinema. De acordo com fonte próxima da família, Eduardo Serra morreu no passado dia 19, terça-feira. O local não foi indicado. Nascido em Lisboa em 1943, Eduardo Serra é o mais internacional dos diretores portugueses de fotografia, tendo sido nomeado duas vezes para os Óscares, pelos filmes As Asas do Amor, de Iain Softley, e Rapariga com Brinco de Pérola, de Peter Webber, que lhe garantiu o prémio BAFTA da Academia Britânica de Cinema. A carreira internacional de Eduardo Serra teve início em França, onde se fixou em 1963, na sequência da perseguição de que foi alvo por participar em protestos contra a ditadura, recorda hoje a Academia Portuguesa de Cinema, que anunciou a morte do diretor de fotografia nas redes sociais, na noite de quinta-feira. Entre os filmes que marcaram o seu percurso contam-se Harry Potter e os Talismãs da Morte, Partes 1 e 2, Diamantes de Sangue, de Edward Zwick, Belle du Seigneur, de Glenio Bonder, e A Primise, de Patrice Leconte. No cinema português, assinou a fotografia de obras como Sem Sombra de Pecado e A Mulher do Próximo, de José Fonseca e Costa, O Processo do Rei, de João Mário Grilo, Amor e Dedinhos de Pé, de Luís Filipe Rocha, e O Delfim, de Fernando Lopes. Eduardo Serra recebeu os graus de comendador e de grande oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 2004 e 2017, respetivamente, e o Prémio Sophia de Carreira, em 2014, da Academia Portuguesa de Cinema. "Figura de referência maior no cinema mundial", Eduardo Serra "levou consigo a visão de um artista português que soube dialogar com cineastas de várias geografias, do cinema de autor europeu às grandes produções internacionais", conclui a mensagem da Academia Portuguesa de Cinema.
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