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Extrema-direita francesa quer dissolver parlamento depois das eleições europeias

João Carlos Barradas 17 de abril de 2024 às 15:43

Jordan Bardella, cabeça de lista da Convergência Nacional às eleições europeias, diz que são uma oportunidade única para os franceses "se pronunciarem sobre a política do governo".

O cabeça de lista da Convergência Nacional às eleições europeias, Jordan Bardella, afirmou esta quarta-feira que pedirá a dissolução da Assembleia Nacional francesa se a extrema-direita vencer na votação de 9 de junho.

REUTERS/Gonzalo Fuentes

Bardella considerou as eleições para o Parlamento Europeu uma oportunidade única para os franceses "se pronunciarem sobre a política do governo, de fazerem ouvir a sua cólera para com Emmanuel Macron e, consequentemente, nomearem o movimento político que será encarregue de preparar a alternância". 

Na entrevista ao canal televisivo BFM TV, de Paris, Bardella declarou existir "um problema de credibilidade para a maioria presidencial". 

Macron, reeleito em abril de 2022 com 59% dos votos na segunda volta contra 41% para Marine Le Pen, conta com o apoio de 250 deputados contra 321 do conjunto de partidos da oposição.   

O partido de Marine Le Pen tem vantagem nas sondagens sobre intenção de voto com 32%, enquanto a lista liderada por Valérie Haye, promovida pelo presidente da República francesa, Renascimento - A República em Marcha, MoDem et Horizons e UD, regista 16%, segundo sondagem do IPSOS divulgada sábado.

A lista socialista de Raphael Glucksmann chega aos 13% e a França Insubmissa, de Manon Aubry, e os Verdes, de Marie Touissant, têm cada 7%. 

Macron, reeleito em abril de 2022 com 59% dos votos na segunda volta contra 41% para Marine Le Pen, conta com o apoio de 250 deputados contra 321 do conjunto de partidos da oposição na décima sexta legislatura da V República que tem uma duração de cinco anos.

Entre os 577 deputados à Assembleia Nacional, saída das eleições de junho de 2022, a Convergência Nacional conta com 89 mandatos, o grupo parlamentar promovido por Macron com 250 lugares e a Nova União Popular Ecológica e Social, incluindo socialistas, a França Insubmissa, ecologistas e comunistas, 151.

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