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Vicente Valentim: “Com mais ou menos votos, o Chega está aqui para ficar”

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 13 de março de 2024 às 23:00

Investigador da Universidade de Oxford diz que a razão principal que explica a explosão da direita radical não é o voto de protesto. E vaticina que sem acordos entre PSD e PS será uma questão de tempo até o Chega entrar para um governo.

Vicente Valentim, 32 anos, investigador no departamento de Ciência Política da Universidade de Oxford, publica no mês que vem um livro que acerta em cheio numa das principais perguntas pós-eleições: o que explica o crescimento tão rápido do populismo de direita radical em Portugal?O Fim da Vergonha - Como a Direita Radical Se Normalizou, da editora Gradiva, terá uma versão em inglês, mais académica, publicada pela Oxford University Press. A tese central contraria a explicação dominante do voto de protesto: há uma parte do eleitorado que só aguardava o político certo para perder a vergonha de assumir o seu ideário iliberal. Para Vicente Valentim, a razão do crescimento rápido limita de certa forma que esse ritmo continue. Mas a contenção da influência de André Ventura passará, também, por diminuir a polarização entre os dois partidos do centro - em particular o PS, agora na oposição. A pressão nesse sentido será enorme, diz Valentim.

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