Entrevista
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Tahar Ben Jelloun: “Falamos mais de racismo, mas o problema não diminuiu. Está lá”

Tahar Ben Jelloun: “Falamos mais de racismo, mas o problema não diminuiu. Está lá”
Vanda Marques 18 de março

A conversa entre o escritor marroquino e a filha sobre o racismo tornou-se um livro distinguido pela ONU, agora reeditado. Hoje o autor diz-se desiludido com o mundo árabe e com o crescimento da extrema-direita.

O racismo, minha filha, está agarrado à pele do homem onde quer que ele se encontre. Mesmo numa ilha deserta, este homem vai encontrar algo que odiar, que desprezar, que humilhar.” Tahar Ben Jelloun explica o problema que nunca desaparece num prefácio intitulado “Vinte Anos depois, o racismo continua bem”. Foi em 1998 que o escritor explicou o racismo à sua filha, Mérième, durante uma manifestação, e essa conversa deu origem a O Racismo Explicado aos Meus Filhos (Editorial Presença). Foi um bestseller em 20 países, distinguido pelas Nações Unidas. “Nunca imaginei tal sucesso literário (durante mais de seis meses esteve no primeiro lugar de vendas em França).” O autor, que nasceu em Marrocos em 1944 e se exilou em França em 1971, vencedor do prémio Goncourt, conta que ainda estamos longe de acabar com o racismo e que a liberdade continua ameaçada.

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