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Eduardo Sá: "O digital é uma droga poderosa que agarra as crianças e as torna mais impulsivas"

Vanda Marques
Vanda Marques 05 de agosto de 2025 às 23:00

O psicólogo tem novo livro onde defende que os pais devem cometer erros, as crianças têm de ter menos horas de trabalho e que os telemóveis são poderosos como uma droga

Os pais são inundados por informação e dicas de parentalidade que os tornam tecnocratas à procura da receita perfeita. Como explica Eduardo Sá não existe. No livro Queridos Filhos somos convidados a refletir sobre o caminho da educação das crianças e a valorizá-las mais, sem pressões de boas notas nem os babysitter que se tornam os telemóveis. O psicólogo, que é professor na Universidade de Coimbra, revela à SÁBADO que ficou muito comovido com as mensagens que recebeu depois de surgir no programa da TVI e de revelar que um acidente lhe mudou a vida. Uma lesão irreversível na coluna prendeu-o a uma cadeira de rodas. Mas diz que tem agora uma nova missão de sensibilização para os direitos das pessoas com deficiência. E diz, em tom provocatório: "A minha vontade era pôr assim um outdoor à entrada de Lisboa, de Porto e de Coimbra, a dizer: "proibida a entrada à deficiência". Porque gostava que os respetivos presidentes dos municípios nos explicassem como é que é possível andar na calçada portuguesa de cadeira de rodas?"

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Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.

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