Sábado – Pense por si

Eduardo Sá: "O digital é uma droga poderosa que agarra as crianças e as torna mais impulsivas"

Vanda Marques
Vanda Marques 05 de agosto de 2025 às 23:00

O psicólogo tem novo livro onde defende que os pais devem cometer erros, as crianças têm de ter menos horas de trabalho e que os telemóveis são poderosos como uma droga

Os pais são inundados por informação e dicas de parentalidade que os tornam tecnocratas à procura da receita perfeita. Como explica Eduardo Sá não existe. No livro Queridos Filhos somos convidados a refletir sobre o caminho da educação das crianças e a valorizá-las mais, sem pressões de boas notas nem os babysitter que se tornam os telemóveis. O psicólogo, que é professor na Universidade de Coimbra, revela à SÁBADO que ficou muito comovido com as mensagens que recebeu depois de surgir no programa da TVI e de revelar que um acidente lhe mudou a vida. Uma lesão irreversível na coluna prendeu-o a uma cadeira de rodas. Mas diz que tem agora uma nova missão de sensibilização para os direitos das pessoas com deficiência. E diz, em tom provocatório: "A minha vontade era pôr assim um outdoor à entrada de Lisboa, de Porto e de Coimbra, a dizer: "proibida a entrada à deficiência". Porque gostava que os respetivos presidentes dos municípios nos explicassem como é que é possível andar na calçada portuguesa de cadeira de rodas?"

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.