“Temos que ter atenção aos dados em análise, sem cair no sensacionalismo”, alerta Pedro Faria, presidente do conselho diretivo da UVE - Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos.
Em 2024, 122 pessoas morreram em acidentes em carros híbridos, em comparação com 777 mortos em acidentes com carros a gasolina no Reino Unido. No entanto, as estatísticas do Departamento do Transportes do país, analisadas pelo The Mail, revelam que os condutores têm três vezes mais probabilidade de morrer em carros híbridos do que em carros a gasolina.
Frank Hoermann / SVEN SIMON/picture-alliance/dpa/AP Images
A percentagem justifica-se pelo maior número de veículos a gasolina, que superam os híbridos em quase 20 para 1 no Reino Unido, de acordo com o jornal britânico.
“Temos que ter atenção aos dados em análise, sem cair no sensacionalismo”, diz à SÁBADO Pedro Faria, presidente do conselho diretivo da UVE - Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos. E dá exemplo de outras variáveis importantes: “Alguns destes veículos a combustão já não circulam e também seria importante analisar quantos quilómetros percorreram”.
Segundo o jornal britânico, os especialistas consideram que as taxas de mortalidade mais elevadas se devem à combinação de motores a gasolina e motores elétricos em veículos híbridos, o que dificulta o controlo do carro e aumenta o risco de incêndio.
Citada pelo The Mail, a Fundação RAC, uma organização de investigação dos transportes apelou à criação de um "departamento de investigação dedicado" à análise destes números.
Pedro Faria afirma que no diz respeito aos incêndios o risco com veículos 100% elétricos é seis vezes inferior ao risco com veículos a combustão, e embora as percentagens variem de estudo para estudo, dados publicados pela AutoInsuranceEZ, e atualizados em 2024, confirmam a teoria: os veículos híbridos estão em primeiro lugar no número de incêndios por 100 mil unidades vendidas; os veículos a gasolina estão em segundo lugar e os veículos elétricos em terceiro, "com apenas 25 incêndios por 100 mil unidades vendidas".
Sobre as maiores dificuldades no que toca ao controlo dos carros, Pedro Faria concorda que pode existir maior perigosidade no período de adaptação aos carros elétricos e híbridos, e explica porquê: “Estamos a falar de carros com maior poder de aceleração. Quando falamos, por exemplo, de condutores que conduzem carros a combustão há vários anos pode haver maior perigosidade durante o período de adaptação”, afirma.
Além disso, faz notar: “Efetivamente hoje um jovem inexperiente mais facilmente tem acesso a carros com grande potência e se calhar temos que olhar para isso no futuro”. Como possível solução, menciona o sistema progressivo para obter cartas de mota em Portugal, que são definidas por potência e cilindrada.
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