Uma semana antes do casamento, um notário e duas testemunhas foram ao palacete onde vivia o banqueiro Ricardo Espírito Santo, na Boca do Inferno, em Cascais, para registar o património de cada noivo. Além das jóias de uso pessoal, a sua filha, Maria da Conceição Espírito Santo, 20 anos, estudante, já tinha um prédio de três andares na Rua de São Domingos à Lapa e também lhe pertencia todo o recheio da casa onde ia viver com o futuro marido, na Rua Tenente Valadim, perpendicular à Av. Infante Santo. O futuro genro, João Salgado, 25 anos, também estudante, declarou que possuía apenas "as coisas de uso pessoal". O matrimónio, sob regime de separação de bens, foi celebrado às 12h30 de uma segunda-feira, 7 de Setembro de 1942, na capela dos Condes de Castro Guimarães.

Investigação: A história oculta da família de Ricardo Salgado

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